Clubes não são donos de 100% dos direitos dos atletas e precisam de aval dos parceiros para avançarem nas negociações O acordo entre São Paulo e Grêmio é apenas um entrave para que seja concluída a negociação envolvendo o zagueiro Rhodolfo e o volante Souza. A divisão dos direitos econômicos dos dois jogadores também faz a transação se arrastar por mais tempo do que gostariam os clubes.
Souza tem vínculo com os gaúchos, mas está fatiado em quatro partes que possuem interessem financeiros no caso. O Grêmio é dono de 50% dos direitos, sendo mais 25% do Porto e outros 25% do empresário Carlos Leite, responsável por gerenciar a carreira do atleta.
A situação é a mesma com Rhodolfo. O São Paulo comprou 50% dos direitos do Atlético-PR, que permaneceu com a outra metade. No entanto, o empresário Joseph Lee, agente do defensor, também tem direito à parte do montante em caso de uma futura negociação.
Sem dinheiro para altos investimentos, São Paulo e Grêmio negociam uma troca dos atletas. Os paulistas são os maiores interessados por terem na marcação um de seus setores mais carentes neste início de temporada.
Além disso, Rhodolfo está emprestado aos gaúchos até o meio do ano. Como o jogador se destacou nos últimos meses, o clube quer mantê-lo até o fim da Libertadores, marcado para o segundo semestre em virtude da Copa do Mundo.
Com a aproximação do início dos estaduais, a diretoria são-paulina acredita que uma decisão sobre o caso possa acontecer no mais tardar até o fim do mês. O clube também não descarta negociar Rhodolfo com o mercado internacional, o que inviabilizaria a chegada de Souza ao Morumbi.
Desde o fim do Brasileirão, o São Paulo contratou apenas o lateral-direito Luis Ricardo, ex-Portuguesa. O clube também procura mais um atacante depois de perder Aloísio e Welliton.
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