segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Muricy lamenta derrota, mas elogia Tricolor: 'Fomos um time de futebol'


Muricy Ramalho derrota São Paulo contra Grêmio (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Treinador se diz esperançoso em salvar o São Paulo do rebaixamento depois da boa atuação na derrota para o Grêmio.
Muricy Ramalho deixou o Morumbi animado neste domingo. O São Paulo perdeu para o Grêmio por 1 a 0, voltou a encostar na zona do rebaixamento, mas o treinador ficou satisfeito com o desempenho do Tricolor paulista. Esperança renovada de salvar o time da inédita queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.
– Quem veio ao Morumbi viu um time de futebol. Nós estávamos obtendo resultados, mas jogando para o gasto. Tivemos uma postura de time, bem armado, sem sofrer e dominando totalmente o Grêmio. São aquelas coisas do futebol, um cruzamento para a área e um gol – afirmou.
O comandante lamentou as inúmeras chances desperdiçadas pela equipe, principalmente com Luis Fabiano. O centroavante parou três vezes em grandes defesas do goleiro Dida. Paulo Miranda e Douglas também ficaram nas mãos do veterano de 39 anos.
– Isso dá esperança. Ruim para o treinador é quando perdeu como aconteceu contra o Goiás, que não demos um chute no gol dos caras. O jogo de hoje fortalece, os jogadores sentem que podem jogar bem. Fomos um time de futebol. Não fico feliz pelo resultado. Tem coisas no futebol que você não pode explicar - disse.
Muricy evitou avaliar se o árbitro Heber Roberto Lopes errou ao não dar um pênalti para o São Paulo na etapa final. Kleber desviou a bola com o braço depois de uma cobrança de falta de Reinaldo. Poucos minutos depois, os gremistas abriram o placar.
– Na hora, o juiz fez que a bola bateu na cara. Eu não vi o lance, não posso falar. Todo mundo falou que ele defendeu com a mão. O árbitro não estava mal posicionado. Acho que ele também não viu. Ele não é mal intencionado, apita bem, é seguro...

Rogério Ceni reclama de pênalti não marcado e detona arbitragem


Rogerio Ceni derrota São Paulo contra Grêmio (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Goleiro queria penalidade em desvio de Kleber com o braço e diz que Heber Roberto Lopes não terá coragem de assumir erro.
O goleiro Rogério Ceni se revoltou contra a arbitragem depois que um suposto pênalti não foi marcado a favor do São Paulo no segundo tempo da derrota para o Grêmio, neste domingo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador recebeu cartão amarelo ao reclamar com o árbitro Heber Roberto Lopes após o apito final.
O capitão do Tricolor paulista ficou exaltado depois que Reinaldo cobrou uma falta, e o atacante Kleber levantou um dos braços para se proteger. A bola tocou nele, mas o juiz mandou o jogo seguir. Logo depois, os gaúchos fizeram o gol da vitória, com Vargas aproveitando cruzamento de Alex Telles. 
– Era segundo cartão, expulsão e pênalti. Contra nós é sempre assim. Todo mundo viu que pegou no braço. Pegou claramente. Ele (Kleber) levantou o braço acima do nível do peito. A bola não mata ninguém, pode tirar de cabeça. Mudou o rumo do jogo. Foi pênalti claro. Ele (Heber Roberto Lopes) não vai ter coragem nem de assumir o erro – esbravejou.
O árbitro disse que Ceni não o ofendeu na saída do gramado, porém, precisou adverti-lo com o cartão amarelo por ter se exaltado.
– Ele reclamou educadamente, mas de forma acintosa. Não posso deixar que gesticule e jogue a torcida contra a arbitragem – explicou.
Kleber também se defendeu. O Gladiador alega que levantou o braço para que a bola não acertasse seu rosto.
– Se eu não boto a mão, ela pega no meu nariz. Eu já quebrei o nariz em um lance assim na Ucrânia. Fiz para me proteger. Não foi pênalti.

Perto da zona da degola, São Paulo sofre com seu pior ataque no século


Muricy Tata Milton Cruz (Foto: Marcos Ribolli)

Com 21 gols em 24 jogos, Tricolor tem aproveitamento mais baixo desde 2001. Muricy força treinamentos para acabar com má fase dos atacantes.
Muricy Ramalho foi à loucura no banco de reservas com o número de chances perdidas pelo São Paulo na derrota para o Grêmio (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado). Dida fez milagres, mas o Tricolor paulista abusou das finalizações erradas e viu o fantasma do rebaixamento voltar a se aproximar. Em um ano repleto de recordes negativos, o time do Morumbi tem também seu pior desempenho em gols marcados desde o início do século no Campeonato Brasileiro.
Em 24 rodadas disputadas até o momento, os são-paulinos balançaram as redes apenas 21 vezes, média de 0,87. Na comparação com os outros 19 participantes, apenas Náutico e Corinthians são menos produtivos. Os pernambucanos anotaram somente 14, enquanto o Alvinegro paulista acumula 20. O Cruzeiro, melhor nesse quesito, tem 50.
Os números do São Paulo são ainda piores se comparados com suas próprias campanhas em anos anteriores. Nunca neste século o clube marcou tão poucos gols quanto em 2013. Até então, as equipes de 2004 e 2010 estavam à frente, com 32 anotados em 24 rodadas. Mesmo assim, ficaram longe do rebaixamento. Neste mesmo momento do torneio, apareciam em quinto e oitavo lugar, respectivamente.
No tricampeonato brasileiro, também dirigido por Muricy Ramalho, o aproveitamento foi bastante superior. O Tricolor fez 39 gols em 2006 e 2008, além de outros 36 em 2007. Não por acaso, sobrou diante dos rivais.
Desde o início do sistema de pontos corridos, o melhor rendimento foi o de 2003, com 43 gols. Já nos outros anos com o mesmo formato, o clube conseguiu 32 (2004 e 2010), 33 (2009), 34 (2012), 36 (2007 e 2005) e 39 (2011). Em 2001 e 2002, ainda com o “mata-mata”, anotou 40 e 56, pela ordem.
O baixo aproveitamento passa diretamente pelo momento vivido pelos atacantes. Luis Fabiano é o principal artilheiro do time na temporada, com 20 gols, mas fez apenas cinco no Brasileirão, mesmo número de Aloísio (14 somando as outras competições). O Fabuloso, aliás, teve as melhores chances diante do Grêmio e parou em uma tarde de muita inspiração do veterano goleiro Dida.
– É uma coisa que acontece. Em alguns lances, não concluímos bem. Em outros, o Dida pegou. Mas fomos um time de futebol. O duro é quando você não dá um chute no gol dos caras, como foi contra o Goiás – disse Muricy.


Luis Fabiano derrota São Paulo contra Grêmio (Foto: Roberto Vazquez / Agência Estado)
Ninguém vive pior momento que Osvaldo. O atacante foi o destaque do time nos primeiros jogos da temporada, mas despencou de rendimento. Ele não marca um gol sequer desde o dia 28 de fevereiro, data da vitória por 2 a 1 sobre o Strongest, no Morumbi, pela fase de grupos da Taça Libertadores. São nada menos que 38 partidas de jejum.

– Ele (Osvaldo) voltou bem, deu profundidade e não deixou o lateral do Grêmio jogar. É outro jogador que precisamos recuperar – disse o treinador, que ainda conta com Welliton, Silvinho e Negueba para o mesmo setor.
Enquanto a defesa passava ilesa, o São Paulo não precisou de muitos gols desde a chegada do técnico: fez quatro nas vitórias sobre Ponte Preta (1 a 0), Vasco (2 a 0) e Atlético-MG (1 a 0). No entanto, assim que ela foi vazada, o setor ofensivo mostrou sua deficiência - derrotas para Grêmio e Goiás (0 a 1) e empate contra o Universidad Católica (1 a 1). São cinco marcados em seis confrontos.
Os erros diante dos gaúchos devem fazer Muricy aproveitar o pouco tempo de trabalho para, de novo, tentar aprimorar as finalizações. Desde que voltou ao Tricolor, o treinador vem separando sessões de atividades apenas para trabalhar os chutes a gol. Na quarta, o São Paulo faz o clássico contra o Santos, às 21h50m, na Vila Belmiro. Os gols serão fundamentais para o time não entrar mais uma vez na zona do rebaixamento.

Após visita, Muricy desconversa sobre interesse em Zé Roberto


zé roberto grêmio (Foto: Bruno Junqueira/TXT Assessoria)
Meia do Grêmio aparece no vestiário do Tricolor paulista após partida contra o Grêmio. Treinador diz que momento é de pensar no Brasileirão.
O técnico Muricy Ramalho preferiu não entrar em detalhes sobre um possível desejo do São Paulo de contratar o meia Zé Roberto, do Grêmio. Após a derrota para o Tricolor gaúcho, domingo, no Morumbi, pelo Brasileirão (veja os melhores momentos no vídeo ao lado), o treinador evitou dar uma resposta positiva ou negativa sobre o tema e disse que o momento requer todos focados em evitar o rebaixamento.
Ao lado de Elano, o jogador se dirigiu ao setor do estádio reservado ao elenco são-paulino depois da partida para rever alguns amigos. Ele se recuperou de uma lesão no clube em 2006, mas acabou acertando com o Santos em virtude de uma oferta salarial maior, frustrando os dirigentes são-paulinos.
– Conheço o Zé Roberto há muitos anos. Ele foi nos vestiários para dar um abraço. A hora é de estar ligado no Brasileirão – afirmou.
Na semana passada, após o empate do Grêmio em 0 a 0 com o Corinthians no Pacaembu, o meio-campista revelou que recebeu um contato de dirigentes do São Paulo e admitiu interesse numa possível transferência. No entanto, na chegada a Porto Alegre, o jogador disse que foi mal interpretado e garantiu que se sente feliz no Grêmio, mesmo estando na reserva com o técnico Renato Gaúcho. O contrato dele acaba no fim do ano.
A diretoria são-paulina, aliás, também mantém um discurso cauteloso. O vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes fez elogios aos jogador, mas assegurou que, neste momento, não tem interesse no acerto. Para essa posição, o clube conta com Jadson e Ganso, além do argentino Cañete, emprestado à Portuguesa até o encerramento do Brasileirão.

domingo, 29 de setembro de 2013

Com ídolos no comando, São Paulo e Grêmio duelam no Morumbi

Muricy Ramalho e Renato Gaúcho tentam recolocar suas equipes nos trilhos do Campeonato Brasileiro. Jogo é no Morumbi, às 16h.
Normalmente, os ídolos dos torcedores estão dentro de campo. Mas no caso de São Paulo e Grêmio, adversários neste domingo, às 16h, no Morumbi, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, eles estão no banco de reservas. Os tricolores - paulistas e gaúchos - apostam muito nos técnicos Muricy Ramalho e Renato Gaúcho para saírem com a vitória.
Ambos têm história nessas equipes como jogador, mas também como técnico. E como tal é que eles precisam ajudar São Paulo e Grêmio a se levantarem no Brasileirão. Após vencer três partidas seguidas, o time paulista vem de derrota para o Goiás, no nacional, e de empate com o Universidad Católica, pela Sul-Americana. Para piorar, a equipe do Morumbi ainda está próxima da zona de rebaixamento, na 15ª colocação.
O Grêmio, por outro lado, está em quarto, na zona de classificação para a Libertadores. Mas o time de Porto Alegre está há três rodadas sem vencer no Brasileirão e empatou com o Corinthians, nas oitavas de final da Copa do Brasil. Mesmo que perca, não sairá do G-4 nesta rodada. Mas com o rival Inter a apenas cinco pontos atrás, Renato Gaúcho sabe que seu time não pode vacilar.
A TV Globo exibe a partida para SP, MG (menos Coronel Fabriciano, Juiz de Fora e Montes Claros), DF, RS, PR, GO, MT, MS, PE, Salvador (BA), CE e TO.
header as escalações 2
São Paulo: além de não poder contar com Welliton, impossibilitado de atuar por conta estar emprestado pelo Grêmio, Muricy perdeu Maicon, com um trauma na panturrilha direita. No ataque, Aloísio é a solução. E no meio, Wellington e Fabrício são as opções. A provável escalação: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Antônio Carlos e Reinaldo; Rodrigo Caio, Wellington (Fabrício) e Ganso; Jadson, Aloísio e Luis Fabiano.

Grêmio: se a maratona de jogos reduz a possibilidade de treinar, Renato Gaúcho também contribui para o mistério. Não revelou em entrevista, nem indicou a formação nos trabalhos desde o empate com o Corinthians, pela Copa do Brasil. A tendência é que mantenha o 4-3-3, com Vargas completando o ataque ao lado de Kleber e Barcos. Se quiser uma formação mais defensiva a alternativa é Elano ou Zé Roberto. A escalação: Dida; Pará, Saimon, Bressan e Alex Telles; Souza, Riveros e Ramiro; Vargas (Elano ou Zé Roberto), Barcos e Kleber.
quem esta fora (Foto: arte esporte)
São Paulo: Welliton (emprestado pelo Grêmio, ele não pode atuar por contrato).

Grêmio: três zagueiros desfalcam o time. Gabriel (joelho esquerdo) e Werley (tornozelo direito), por lesão. Rhodolfo, emprestado pelo São Paulo, está impedido por um acordo das direções.
header pendurados (Foto: ArteEsporte)
São Paulo: Antônio Carlos, Douglas, Ganso, Lucas Evangelista, Paulo Miranda, Rodrigo Caio e Wellington.

Grêmio: Alex Telles, Vargas, Werley e Zé Roberto.
header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Heber Roberto Lopes (SC) apita o jogo, auxiliado por Alessandro A Rocha de Matos e Joao Patricio de Araujo. O árbitro já participou de 11 partidas deste Brasileiro. Ele aplica 2,7 cartões amarelos em média por jogo e não se utilizou do cartão vermelho. Além disso, tem média de 36,1 faltas assinaladas a cada confronto e já marcou três pênaltis. O campeonato tem média de 34,6 faltas e já teve 50 pênaltis. Foram 59 cartões vermelhos e uma média de 4,3 cartões amarelos.
header_estatisticas (Foto: arte esporte)
São Paulo: estável sob o comando de Muriciy, o São Paulo deseja confirmar a sua franca recuperação no Brasileiro diante de um adversário que está no G4 há um bom tempo. Uma das forças são-paulinas é a marcação firme. São 14,4 roubadas de bola por jogo. Apesar de ter começado a rodada na 15ª posição, o Tricolor paulista tem a quinta melhor defesa da competição.

Grêmio: com um esquema que prioriza o sistema defensivo, normalmente com três zagueiros e três volantes, o Grêmio vem obtendo bons resultados neste Brasileiro. Ao mesmo que a defesa tem sido eficiente, o Tricolor gaúcho está devendo no ataque. São apenas 10,5 finalizações por jogo. Renato Gaúcho deve apostar nos contra-ataques para vencer mais uma vez fora de casa. Já foram quatro vítimas: Bahia, Vasco, Flamengo e Náutico.
header_na_historia (Foto: arte esporte)

São Paulo e Grêmio se enfrentaram no estádio do Morumbi, no dia 6 de junho de 2010, em partida válida pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano. Depois de Hugo abrir o marcador para os gaúchos, Dagoberto marcou três vezes e definiu a vitória em 3 a 1 para os paulistas.

Após um ano de São Paulo, Ganso volta a sorrir e sonha com a Seleção

Meia vive seu melhor momento no Tricolor, ganha a confiança de Muricy e, mesmo com a campanha ruim da equipe, vem jogando bem.O maestro voltou. Livre das lesões que tanto o atrapalharam nos últimos anos, Paulo Henrique Ganso começa a dar o que falar no São Paulo. A canhota poderosa e a intimidade com a bola brilham novamente. E o futebol, mesmo ainda não sendo o da época do Santos, arranca aplausos dos torcedores. Com um ano de Tricolor nas costas, o meia corre contra o tempo e aposta que tem bola suficiente para convencer Luiz Felipe Scolari e, na reta final, garantir uma vaga na Copa do Mundo do ano que vem. 
Ganso quer recuperar na seleção o espaço que começou a ganhar em agosto de 2010, quando Mano Menezes iniciou a reformulação logo após o Mundial da África do Sul. Naquela época, dez em cada dez brasileiros apostavam no então craque santista como o camisa 10 do time em 2014. No entanto, a história mudou.Três anos se passaram e a estrela perdeu o brilho. Ofuscado pelo parceiro Neymar, sofreu com a sequência de contusões e virou coadjuvante no Santos. Na seleção brasileira, pouco fez na Copa América de 2011 e nas Olímpiadas de Londres e viu Oscar virar a referência no setor de criação.
O gênio exaltado pela massa alvinegra virou "persona non grata" a partir de 21 de setembro de 2012, quando o São Paulo anunciou sua contratação. Um dos muros do CT Rei Pelé, que exaltava a joia trazida por Giovanni, acabou pichado. E, um ano depois de vestir a camisa 8 que já foi de Toninho Cerezo e Kaká, pode-se finalmente dizer que Ganso começa a mostrar o futebol que fez o São Paulo desembolsar incríveis R$ 23,9 milhões, a negociação mais cara da história do clube do Morumbi.

Ganso entrevista São Paulo (Foto: Marcelo Prado)

Nas mãos de Muricy Ramalho, virou titular inquestionável pela primeira vez. Com liberdade para criar, o meio-campista tem mostrado uma face que poucos conheciam. Além de deixar os companheiros na cara do gol, ele se movimenta pelos dois lados, faz desarmes como marcador e até ajuda no jogo aéreo defensivo. Quem gosta de futebol, não hesita em afirmar: hoje, Ganso vive seu melhor momento no São Paulo.
Em entrevista ao Esporte Espetacular, o meio-campista falou sobre tudo: fez a avaliação de sua primeira temporada no Morumbi, contou sobre a alegria de voltar a trabalhar com Muricy Ramalho e, principalmente, deixou claro que, sem lesões, é possível sonhar com a Copa e, com a camisa amarela, reencontrar o grande amigo Neymar, hoje estrela do Barcelona.
- Maninho, pode esperar que eu tô voltando - afirmou um esperançoso Ganso.


Ganso entrevista São Paulo (Foto: Marcelo Prado)Após um ano de São Paulo, que avaliação você pode fazer do seu momento?

Paulo Henrique Ganso - Me sinto muito bem. Quando você joga sem dor, sem preocupação, é a melhor coisa do mundo. Hoje só entro em campo pensando em ajudar o São Paulo. Jogo tranquilo, com a musculatura forte e apenas desenvolvendo o meu futebol.

Então você já jogou com medo?

Ah, sim. Quando sofri aquela sequência de lesões no Santos, era difícil no momento de voltar. O medo de machucar incomodava demais. Cheguei a pensar que era algo psicológico. Afinal, isso não saía da minha cabeça na concentração e nem quando ia para o jogo. Mas tudo passou e agora estou tranquilo.

Qual foi sua reação quando ficou sabendo da contratação do Muricy?

Foi uma alegria muito grande saber que voltaria a trabalhar com ele dentro de um clube no qual ele foi muito vencedor. Também ficou a tristeza pela saída do Paulo Autuori, que foi um dos melhores treinadores com quem trabalhei, apesar de terem sido apenas dois meses.

Após ter trabalhado com ele no Santos, vale fazer a comparação: ele mudou muito?

Acho que ele está mais maduro (risos). O Muricy conquistou muita coisa na carreira e isso dá uma tranquilidade a mais para que ele passa trabalhar e ficar mais calmo com a imprensa (risos).


Ganso no amistoso da Seleção contra a Grã-Bretanha (Foto: Mowa Press)O que você viu de tão especial no Paulo Autuori?

Ele é um cara que conhece muito. Pedia para o time sempre atuar organizado, independentemente do momento da partida. Mas no futebol é assim, quando os resultados não aparecem, o treinador sempre muda.

E sobre o Ney Franco, o que pode falar?

Ele teve problemas extracampo com alguns jogadores e com a diretoria, o que acabou o tirando do São Paulo. Esses problemas refletiam no campo, o time não vencia e a diretoria acabou mudando o técnico.

Observando o seu campo de participação nas partidas contra Coritiba (comandado por Autuori) e Vasco (comandado por Muricy), é nítida a sua evolução com o atual técnico. Isso tem alguma explicação?

A confiança que o Muricy tem no meu futebol ajuda muito. Isso se reflete a todo instante. Ele me deixa jogar livre, só na hora que precisa ajudar a marcação é que tenho de ocupar espaço para ajudar na recomposição. Com o Muricy, fiquei muito mais à vontade dentro de campo.

Esse crescimento no São Paulo te permite sonhar com a seleção brasileira?

Sem dúvida. Seleção significa o auge do jogador, o momento único na carreira de qualquer um. Tem de tratar com carinho para poder voltar. É a namorada que a gente já teve, perdeu e trabalha duro para reconquistar.

É possível pensar em Copa? Faltam apenas oito meses.

Estou com muita saudade de vestir essa camisa. É possível estar na Copa, o Felipão vem dando oportunidade a todos os jogadores. Mas também tenho de manter o foco no São Paulo, que ainda precisa melhorar no Campeonato Brasileiro.

Você consegue explicar rapidamente a sua saída do Santos?

Houve uma briga entre a diretoria e o Paulo Henrique Ganso. Ficou uma tristeza, afinal cheguei ao Santos aos 15 anos, passei sete, oito anos maravilhosos, conquistei muita coisa. Mas agora é passado e tenho muita felicidade de estar em um clube como o São Paulo.

Em algum momento você chegou a ser ameaçado no Santos?
Não.

Mas o episódio da chuva das moedas e do muro pichado no CT Rei Pelé o magoaram?

Chuva de moeda deixa qualquer um triste. Mas foi algo de momento. Sei o que fiz, da história que construí. Foram muitas coisas boas que ficarão guardadas na mente.

Ganso entrevista São Paulo (Foto: Marcelo Prado)


Além de tudo que você fez dentro de campo pelo Santos, ficou marcado também o episódio ocorrido na final do Campeonato Paulista, quando você se recusou a sair de campo quando o técnico Dorival Júnior indicou a substituição.

Sem dúvida, hoje vou te dizer que não repetiria o que fiz. Foi uma decisão de momento, a responsabilidade foi muito grande. Não me arrependi porque deu certo. Mas, se aquele lance do Santo André no fim da partida tivesse entrado (a bola bateu na trave), o mundo tinha caído na minha cabeça e poderia ter mudado a minha carreira.

Falando sobre sua época de Santos, como está a convivência com seu "irmão mais novo", que hoje joga no Barcelona.

Conversamos bastante, toda a semana. O moleque está feliz demais e isso me deixa orgulhoso.
Se dentro de campo, as coisas começam a funcionar, fora das quatro linhas você vive um momento muito especial certo?

Ah, sim, hoje estou casado. Aliás, muito bem casado. A Giovanna é uma pessoa fantástica, veio para completar minha vida e cuidar de mim. Até brinco com todo mundo, se soubesse que casar era tão bom, tinha casado antes.

Qual o objetivo para este segundo semestre?

Conseguir terminar o ano sem lesões e, se possível, com o bicampeonato da Copa Sul-Americana pelo São Paulo.
Você acha que hoje as pessoas que tinham dúvida sobre o seu futebol estão mudando de ideia?
Acho que sim. Quando vim, a dúvida era grande, mas hoje todo mundo está vendo que cheguei para ajudar o São Paulo. Trabalhei muito para isso e ainda falta para chegar ao Paulo Henrique de antes.

sábado, 28 de setembro de 2013

Diretor do São Paulo nega sondagem a Zé Roberto: ‘Não neste momento’


Zé Roberto concede entrevista na chegada do Grêmio a Porto Alegre (Foto: Hector Werlang/Globoesporte.com)

Vice-presidente do Tricolor Paulista, João Paulo de Jesus Lopes prega respeito à diretoria do clube gaúcho: ‘Seria deselegante com o Grêmio’
As declarações do meia Zé Roberto, do Grêmio, após a partida contra o Corinthians, no Pacaembu, na última quarta-feira, sobre ter sido sondado pelo São Paulo, repercutiram na diretora do Tricolor paulista. O vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes se pronunciou antes do jogo desta quinta-feira contra o Universidad Católica do Chile pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, afirmando que o clube não procura jogadores para o meio-campo.
- Temos um carinho muito grande pelo Zé Roberto, uma pessoa muito querida, mas não o procuramos nesse momento. Seria extremamente deselegante ter contato com o Zé Roberto em função da grande ligação que temos com o presidente Fábio Koff (do Grêmio). É uma posição que estamos bem servidos com Jadson e Ganso e ainda não estamos pensando em reforços para o ano que vem.
Na primeira tentativa de contratação de Zé Roberto, em 2006, o São Paulo teve o meia por um período no Reffis, onde estava se tratando de uma lesão. No entanto, na ocasião, o atleta acabou acertando com o Santos, onde conquistou o Campeonato Paulista de 2007.
Em novas declarações, ao chegar a Porto Alegre, Zé Roberto reafirmou ter sido sondado por alguns clubes, mas negou estar insatisfeito no Grêmio e contou que a tentativa de contratação pelo Tricolor paulista foi apenas em 2006.
Zé Roberto, que tem sido reserva no time de Renato Gaúcho, tem contrato até o dia 31 de dezembro. Após retornar de lesão em 31 de agosto, o atleta perdeu espaço no Grêmio. Apesar disso, o atleta, de 39 anos, diz que não descarta encerrar a carreira na equipe gaúcha.

Muricy diz que má fase de Jadson e Osvaldo pode estar ligada à Seleção


Jadson e Osvaldo São Paulo (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Destaques do São Paulo em 2012 e principais apostas do time para 2013. O meia Jadson e o atacante Osvaldo têm decepcionado a torcida, com queda de rendimento brutal, assim como o time, que só empatou em casa na primeira partida da Copa Sul-Americana, contra o Universidad Católica (veja no vídeo ao lado), e ocupa a 15ª posição no Campeonato Brasileiro, brigando para não ser rebaixado.
Dentre os motivos para o mau futebol apresentado pelo São Paulo, de acordo com Muricy Ramalho, está a falta de preparo físico de alguns atletas. Mas, especialmente para os casos de Jadson e Osvaldo, o treinador observou que as convocações para a seleção brasileira podem ter abalado o lado psicológico de ambos, refletindo em campo.
– Para dar uma opinião assim seria melhor estar há mais tempo com eles. Existe a coincidência de o jogador voltar da Seleção diferente, achando que está tudo certo, já fez o melhor e não precisa se esforçar. Já vi muito disso. A Seleção empolga qualquer um. Se o jogador não tiver uma boa fase, fica empolgado.
Jadson foi convocado para a Copa das Confederações e entrou no segundo tempo da final da competição, contra a Espanha. Já Osvaldo foi chamado para amistosos contra Itália, Rússia e Bolívia, atuando apenas contra o último adversário.
– Já conversei com o Osvaldo. Depende dele. Quando o jogador não está bem, precisa lutar. Isso ele não pode perder. Se não está bem, não pode deixar o adversário jogar, tem de ajudar o time. Só existe um jeito de recuperar, que é ele querendo. É isso que estou pedindo a ele. Ele não pode esquecer o que fez ano passado e no começo desse – diz Muricy.
A partida de volta das oitavas de final entre Universidad Católica e São Paulo será apenas no dia 23 de outubro. Até lá, o Tricolor passa a concentrar as forças apenas no Campeonato Brasileiro. Pela competição nacional, a equipe de Muricy Ramalho recebe o Grêmio, quarto colocado, no Morumbi, no domingo, às 16h (horário de Brasília).

Com problema na panturrilha direita, Maicon vira dúvida no São Paulo


Maicon está fora da partida contra o Atlético Mineiro (Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC)
Meio-campista chegou a ser titular na quinta, pela Copa Sul-Americana, mas lesão poder tirá-lo de jogo com o Grêmio, no Brasileirão.
Titular no empate por 1 a 1 com a Universidad Católica, na última quinta-feira, Maicon virou dúvida para o confronto com o Grêmio, domingo, às 16h, no Morumbi. O jogador sofreu um trauma na panturrilha direita e está no departamento médico.
Para o seu lugar, a principal opção de Muricy Ramalho seria Fabrício. Isso se ele mantiver o esquema com dois zagueiros. Se não quiser utilizar o volante, o técnico pode também voltar a usar três zagueiros.
Denilson, recuperado de um problema muscular na coxa direita, também poderia ser uma solução para o lugar de Maicon, caso ele realmente seja cortado. Mas o jogador voltou a treinar no campo apenas nesta sexta-feira.
Com 27 pontos em 23 rodadas, o São Paulo aparece na 15ª colocação do Campeonato Brasileiro, fora da zona do rebaixamento. O time do Morumbi só terminará a rodada no grupo dos quatro piores caso seja derrotado pelos gremistas e veja o Vasco ganhar do Bahia tirando uma diferença de sete gols de saldo em relação ao Tricolor paulista.

Reclamação de Muricy sobre preparo físico é rebatida por Paulo Miranda


Grupo São Paulo treino CT (Foto: Site Oficial / saopaulofc.net)
Zagueiro do São Paulo não acredita ser possível manter o mesmo ritmo nos 90 minutos: ‘Não vejo que estamos precisando tanto de melhor preparo’.
Depois do empate por 1 a 1 com o Universidad Católica, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana (veja no vídeo ao lado), o técnico Muricy Ramalho detonou o preparo físico do São Paulo e reclamou que o time começa bem, mas sofre queda de rendimento no decorrer da partida. Paulo Miranda discorda do treinador.
Segundo o zagueiro, que atua também de lateral-direito, o problema do Tricolor não é preparo físico e o time tem tudo para melhorar.
– Nossa equipe foi bastante intensa, mas é lógico que na segunda etapa não vamos conseguir manter a intensidade. Não vejo que estamos precisando tanto de melhor preparo físico. Acho que no geral, com o decorrer das partidas, nós vamos conseguir melhorar – opinou Paulo Miranda.
Apesar de o jogo de volta contra os chilenos ser apenas no dia 23 de outubro, fora de casa, o São Paulo tem confrontos complicados no Campeonato Brasileiro. Na 15ª colocação, apenas dois degraus acima da zona do rebaixamento, o Tricolor já encara neste domingo o Grêmio, quarto colocado, no Morumbi.
Antes de ter um novo duelo com o Universidad Católica, pela Copa Sul-Americana, o São Paulo ainda terá pela frente o Santos, dia 2, na Vila Belmiro, o Vitória, dia 5, em casa, o Cruzeiro, dia 9, no Mineirão, o Corinthians, dia 13, e o Náutico, dia 16, no Morumbi, e o Bahia, dia 20, na Fonte Nova.

Na nova era Muricy, Luis Fabiano não tem parceiro fixo de ataque


Luis Fabiano - São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)
Técnico já testou Welliton, Osvaldo e Aloísio de titulares; o primeiro tem mais jogos, mas não pode entrar em campo contra o Grêmio.
Muricy Ramalho ainda não encontrou o parceiro ideal para Luis Fabiano no ataque do São Paulo. Depois de cinco partidas no comando do Tricolor nesse retorno ao clube, o treinador já testou três nomes diferentes ao lado do camisa 9 (Welliton, Osvaldo e Aloísio). E ainda não chegou a uma conclusão do que é melhor.
Nesses cincos jogos, Welliton foi quem mais atuou como titular ao lado de Fabuloso. Foram três vezes - contra Ponte Preta, Atlético-MG e Goiás. Mas o atacante, emprestado pelo Grêmio, não pode atuar neste domingo, contra a equipe gaúcha, por conta de uma cláusula no contrato feito entre as duas equipes.
Abre-se, então, uma nova oportunidade para Aloísio. Titular no empate por 1 a 1 com o Universidad Católica, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Boi Bandido não foi bem. Mesmo assim, terá nova oportunidade com Muricy Ramalho no ataque tricolor. Até porque Osvaldo não vive uma boa fase. Pelo contrário.
Companheiro de Luis Fabiano na vitória sobre o Vasco, na segunda partida sob o comando de Muricy Ramalho, Osvaldo está em jejum de gols desde 28 de fevereiro, quando anotou um dos gols do Tricolor na vitória por 2 a 1 sobre o boliviano The Strongest, pela Taça Libertadores da América.
Sem conseguir superar esse momento, Osvaldo é a terceira opção de dupla para Luis Fabiano. Welliton e Aloísio estão à frente. Muricy Ramalho ainda tem Negueba e Silvinho na lista de atacantes no elenco. O primeiro ainda entrou contra a Ponte Preta, mas o segundo não foi aproveitado ainda.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

LINK PERSONALIZADO BUSCAPÉ

São Paulo dá tempo na crise e tenta salvar ano com bi da Sul-Americana


Aloisio Luis Fabiano (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Tricolor estreia contra Universidad Católica, rival das semifinais de 2012, e alimenta sonho de ainda se classificar para a Libertadores do próximo ano.
O São Paulo dá um tempo na luta contra o inédito rebaixamento no Campeonato Brasileiro para, de novo, usar a Copa Sul-Americana como a salvação de uma temporada pouco produtiva. Depois de fracassar em quatro torneios oficiais em 2013, o Tricolor inicia diante do Universidad Católica, às 22h desta quinta-feira, no Morumbi, a defesa do segundo título mais importante do continente.
No ano passado, a Copa Sul-Americana também serviu de alento para os são-paulinos. Sob a batuta de Lucas, o Tricolor fez um grande segundo semestre. Embalado pela melhor campanha do segundo turno do Brasileirão, o time venceu a competição passando pelo mesmo adversário nas semifinais com dois empates: 1 a 1, em Santiago, e 0 a 0, no Morumbi.
Agora, não é diferente. O Tricolor naufragou no Paulistão, Libertadores, Copa Suruga e Brasileirão, onde luta para fugir dos últimos lugares, e precisa de uma resposta imediata para calmar a torcida. O técnico Muricy Ramalho usará o que tem de melhor à disposição, mas já avisou que, se o perigo do rebaixamento ficar iminente, dará prioridade ao torneio nacional.
O Universidad Católica perdeu em casa para o O’Higgins, mas continua com uma boa campanha no Campeonato Chileno. “Los Cruzados” estão em segundo lugar, apenas um ponto abaixo do Cobreloa, e possuem o ataque mais positivo, com média de 2,5 gols por partida. O técnico Martín Lasarte também usará o time considerado principal.
O segundo confronto está marcado para o dia 23 de outubro, às 20h50 (horário de Brasília), no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago. O vencedor deste duelo enfrenta Nacional de Medellín, da Colômbia, ou Bahia.
O trio de arbitragem é todo uruguaio. Dario Ubriaco apita a partida, com os assistentes Carlos Pastorino e Carlos Changala. 
header as escalações 2

São Paulo: o técnico Muricy Ramalho fez quatro mudanças. O volante Denilson, com uma lesão na coxa direita, dá lugar a Maicon, que retorna após cumprir suspensão no Brasileirão. No ataque, Welliton perde o lugar para Aloísio. Já o volante Rodrigo Caio foi poupado pelo desgaste físico - Jadson será opção no banco. Assim, o Tricolor deve passar a atuar no esquema 3-5-2. A formação é a seguinte: Rogério Ceni, Paulo Miranda, Rafael Toloi e Antônio Carlos; Douglas, Wellington, Maicon, Ganso e Reinaldo; Aloísio e Luis Fabiano.

Universidad Católica: fazer um gol na casa do rival é a meta dos chilenos para a disputa. Por isso, o time jogará de forma mais defensiva, aguardando por espaços para explorar os contra-ataques. A grande arma é o atacante Nicolás Castillo, de apenas 20 anos. O jogador é o vice-artilheiro do campeonato local, com quatro gols em oito rodadas, e marcou sobre o Tricolor no ano passado. A equipe começa com: Cristopher Toselli, Cristián Álvarez, Hanz Martínez, Enzo Andía e Alfonso Parot; Fernando Meneses, Tomás Costa, Milovan Mirosevic e Fernando Cordero; Ismael Sosa e Nicolás Castillo.
quem esta fora (Foto: arte esporte)

São Paulo: o volante Denilson, com uma lesão na coxa direita, não foi relacionado. O também volante Rodrigo Caio, desgastado fisicamente, também não atua.

Universidad Católica: o grupo viajou completo para o Brasil.

Muricy divide com os meias a culpa pela má fase de Luis Fabiano


Luis Fabiano (Foto: Marcos Ribolli)
Treinador diz que setor de criação também é responsável por baixo poder ofensivo do camisa 9. Ele fez dois gols nos últimos 15 jogos.
Luis Fabiano não consegue engrenar na temporada. Seja com Ney Franco, Paulo Autuori ou Muricy Ramalho, o centroavante está longe do desempenho que teve em anos anteriores pelo Tricolor ou na Europa. Apesar da má fase não querer desgrudar do camisa 9, o novo treinador são-paulino acredita que a responsabilidade não é apenas do jogador, mas também do setor de criação, e espera que na noite desta quinta-feira, no Morumbi, contra o Universidad Catolica, a história seja diferente. O Tricolor joga pelas oitavas da Copa Sul-Americana.
– É uma mescla. No jogo de domingo (contra o Goiás), a bola não chegou até ele e nem a ninguém. Se fôssemos melhores na frente, daria para ganhar. Já no jogo contra a Ponte, o Luis teve muitas oportunidades, há muito tempo não criávamos assim. Ele precisa de assistência, de gente que chegue até o ataque, que se aproxime – afirmou Muricy.
Em um ano entre o amor e o ódio da torcida, onde quase chegou a ser negociado pela diretoria, o Fabuloso ainda é o principal artilheiro do São Paulo, com 19 gols. Aloísio, reserva em boa parte da temporada, tem 14. Jadson aparece com dez, seguido por Osvaldo e Rogério Ceni, com cinco.
O momento, porém, não está a favor do camisa 9. Luis Fabiano fez dois gols nas últimas 15 partidas – nas vitórias por 2 a 1 sobre o Fluminense e 1 a 0 diante da Ponte Preta, ambas pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi.
O poder ofensivo com Muricy Ramalho também não é dos melhores. Em quatro partidas, o time balançou a rede quatro vezes. A defesa, vazada apenas uma neste mesmo período, colaborou para o time vencer três partidas e sair da zona do rebaixamento do Brasileirão.
– É difícil falar individualmente. O time não faz muitos gols e precisa melhorar nesse sentido também. Como todo time, o Luis também passou por uma fase ruim. Ele sabe que é goleador e vive disso. Ele é titular e vai jogar.

Criador de Juvenal, Aidar vira criatura e propõe reforma no São Paulo


Miguel Aidar candidato presidente sp (Foto: Sergio Gandolphi)
Responsável pelo surgimento do atual presidente, candidato critica ‘burocracia’ do clube, sugere Cotia como ‘negócio’, e quer Liga dos clubes.
Carlos Miguel Aidar é sócio de um dos escritórios de advocacia que mais cresceram nos últimos anos em São Paulo. Tem visão privilegiada da Avenida Paulista no 15°andar de um dos novos edifícios da região. Também integra o Comitê Paralímpico Internacional e a Comissão de Estudos Jurídicos Desportivos do Ministério do Esporte. E, em meio à atribulada agenda, surgiu mais um compromisso: é o candidato apoiado por Juvenal Juvêncio na eleição à presidência do São Paulo, em abril do ano que vem.
A indicação causou mal estar em boa parte do clube, sobretudo no vice Carlos Augusto de Barros e Silva, que manifestou seu descontentamentoPor fim, o advogado sustenta na Justiça até hoje o terceiro mandato de Juvenal Juvêncio, obtido por meio de reforma estatutária. O escolhido recebeu a reportagem em sua sala e se disse fã de Juvenal, a quem considera “sedutor”. Mas ele, Aidar, também é. Bom papo, sorriso fácil, mostrou a foto da família na tela do computador e brincou com as inúmeras mensagens recebidas no celular durante a entrevista.
- Acham que só porque sou candidato consigo ingresso do Bon Jovi pra todo mundo!
Aos 67 anos, Carlos Miguel Aidar vai enfrentar Leco e Kalil Rocha Abdalla, e jura que a indicação de Juvenal foi um susto, ao contrário dos que pensam que seu nome já estava definido. Por isso, as ideias ainda são prematuras, “respostas a lápis”, como bem definiu. Mas são ousadas.
O centro de formação de atletas de Cotia, xodó de Juvenal, se transformaria numa unidade de negócios. Ele também quer criar a Liga Nacional dos clubes brasileiros, independentemente do apoio da CBF. E promete reforma administrativa no São Paulo. Só não vai mexer no técnico.
- Sou amigo, fã e viúva do Muricy.. São muitas as possíveis razões da escolha. Juvenal tem fascínio pelo poder, algo que está ligado a Aidar. Também há retribuição, já que foi Carlos Miguel quem o lançou à política tricolor em 1984, quando foi eleito o presidente mais jovem da história do clube, aos 37 anos, e o nomeou diretor de futebol.

Reserva no Grêmio, Zé Roberto confirma sondagem do São Paulo


Ze Roberto Grêmio (Foto: Maria Clara Ciasca)
Meia, de 39 anos, admite estar infeliz na reserva do Tricolor gaúcho, Reserva no Grêmio, Zé Roberto confirmou ter recebido uma sondagem no São Paulo. A revelação foi feita após o empate em 0 a 0 com o Corinthians, nesta quarta-feira, no Pacaembu, pela Copa do Brasil (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado). O contrato dele com o Tricolor gaúcho vai até dezembro. Em 2014, o meia estará com 40 anos. Vale lembrar que, para a posição de armador, o São Paulo já conta com Jadson e Ganso.
- Houve um contato (do São Paulo) e me interessou muito. Foi uma coisa muito interessante - disse Zé Roberto, na saída do gramado.
- Só pensarei nisso nas minhas férias, com a minha familia. Futebol paulista é sempre atrativo, o interesse é antigo, mas agora estou focado no meu clube - emendou, nos vestiários.
Zé Roberto admitiu que não está feliz na reserva do Grêmio. Ele lamentou ter perdido a posição por conta de um problema físico. Mas garantiu que, quando completamente recuperado, tem bola para ser titular.
- Eu, 100% (fisicamente), não sou banco de ninguém. Tenho muita lenha para queimar ainda, mas respeito o treinador. Não estou no time do Renato, mas faço parte do grupo, que agora joga num sistema mais defensivo, com três zagueiros, mas não significa que não possa fazer parte dos planos. Não estou feliz, quero jogar, mas tenho que trabalhar. Conquistei meu espaço no Grêmio com muito trabalho.
Zé Roberto era titular absoluto na gestão de Vanderlei Luxemburgo, treinador que indicou a sua contratação. Manteve a condição com a chegada de Renato Gaúcho até se machucar, justamente contra o Corinthians, pelo Brasileirão, em 31 de julho. Até então, era o artilheiro do time na temporada, com dez gols. O problema dele foi muscular, na coxa esquerda.
Com a lesão, ficou fora justamente no período de bons resultados do Tricolor no Brasileirão, no esquema 3-5-2. Foram cinco vitórias consecutivas. Ele demorou um mês para se recuperar. Voltou a ser relacionado no confronto com a Ponte Preta, em 31 de agosto. De lá para cá, foram oito partidas. Entrou no segundo tempo em duas. Começou outras quatro. E ficou no banco nas duas últimas. Nenhuma como capitão, posto agora ocupado por Barcos. Na ausência do Pirata, Kleber assume a condição.
Zé Roberto tem, na temporada, 34 jogos. Não marcou após a lesão. Mas mantém a condição de vice-artilheiro do time, perdendo apenas para Barcos, que tem 11.
O contrato de Zé Roberto vai até 31 de dezembro. Já foi renovado uma vez, ao final de 2012. Há uma cláusula que define as bases de nova renovação em caso de classificação à Libertadores.

Muricy faz quatro mudanças no São Paulo para estreia na Sul-Americana


Muricy Ramalho (Foto: Marcos Ribolli)
Jadson e Rodrigo Caio, desgastados fisicamente, não enfrentam o Universidad Católica, na quinta. Aloísio forma o ataque com Luis Fabiano.
O São Paulo atuará modificado contra o Universidad Católica, nesta quinta-feira, às 22h (horário de Brasília), no Morumbi, pela estreia nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O técnico Muricy Ramalho fez quatro alterações em relação ao time que perdeu para o Goiás, pelo Brasileirão, e deve montá-la no esquema 3-5-2.
O treinador decidiu preservar o volante Rodrigo Caio, desgastado fisicamente. Ele dá lugar a Wellington, que volta à equipe depois de ter um sangramento digestivo. Ainda no meio de campo, Maicon regressa em substituição a Denilson, com uma lesão muscular na coxa direita.
– O Rodrigo não vai para o jogo e nem para a concentração. Apesar de ser garoto e estar em uma sequência forte, estamos com um pouco de receio. Vamos mexer pouca coisa, e a maioria (dos titulares) vai jogar – afirmou Muricy em entrevista coletiva nesta quarta-feira à tarde, no CT da Barra Funda.
A principal modificação é a entrada de Douglas na vaga de Jadson. O meio-campista foi poupado por causa do excesso de partidas. Com a modificação, o Tricolor deverá passar para o esquema 3-5-2, o mesmo que Muricy usou em sua estreia, na vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta.
– Temos de tomar cuidado com a parte física. O Denilson jogou duas partidas e sentiu uma contratura. Estamos observando isso para não perdermos jogadores – ressaltou o comandante. 
O treinador procura também o companheiro ideal de ataque para Luis Fabiano. Depois de testar Osvaldo e Welliton, agora será a vez de Aloísio ganhar uma oportunidade. Esta é a primeira vez que o "Boi Bandido" inicia uma partida como titular desde a chegada do técnico.
O São Paulo começa a partida com a seguinte formação: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi e Antônio Carlos; Douglas, Wellington, Maicon, Ganso e Reinaldo; Aloísio e Luis Fabiano.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sem medo, Juvenal fala sobre erros, cita ano difícil e prevê reformulação


Presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio  (Foto: Carlos Augusto Ferrari  )
Presidente do São Paulo diz que está bem de saúde, rebate imagem de arrogante e explica planos para o fim do mandato, em abril de 2014.
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, diz que não sente medo, admite alguns erros em sua gestão, principalmente na escolha de técnicos, e garante que está bem de saúde, mesmo após ter descoberto um câncer de próstata. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", o mandatário também revelou que Paulo Autuori seria uma boa opção para um trabalho a longo prazo, mas não poderia resolver a crise que se instalou na equipe neste Brasileiro. Negou ser arrogante e comentou o afastamento de Marco Aurélio Cunha, que hoje é seu adversário político. Confira os principais trechos da entrevista.

Estado de saúde

Primeiro disseram que eu estava velho, que tinha 80 anos, depois 81 e 82. Tenho menos de 80, sou um cara responsável. Essa história (tumor) tem, mas vocês ficam pensando 'está na hora de matar o Juvenal. Como não podemos matá-lo com faca, vamos fazer de outro jeito'. Esse negócio de próstata é algo natural; você tira, faz radioterapia e de dois em dois anos verifica se está tudo bem. Estou bem, está tudo certo.

Ano difícil

Você nunca espera coisa negativa, mesmo tendo de lidar com a razão. O time está mal e precisa melhorar, surpreendeu negativamente porque fizemos um esforço grande. Você tem um Ceni, eu trouxe Lúcio, Jadson, Ganso, Luis Fabiano, e essa espinha dorsal não teve o tamanho e a grandeza dos atletas. Dizem que contratei muitos laterais, mas é porque meu computador não sabe falar o que vai dar certo. Não estamos falando de matemática.

Falha de Autuori

Tentei trazê-lo do Catar quatro vezes e finalmente veio. Chamo o Paulo e pergunto como estamos. Aí vem 'precisamos de um homem no meio, um na zaga e um na frente'. Aí eu disse: 'Você precisa resolver com o que está aí, bota esses caras para jambrar, tem que olhar no fundo do olho do caboclo, entrar dentro dele'. As declarações, as posturas, havia uma repetição disso, a mesma ladainha, nada mudava. Sabia que precisava fazer algo e, durante a madrugada, me deu um estalo: 'Vamos demitir o técnico'.

Muricy na área

Se você der um time para o Paulo, em um ano ele te devolve certinho, mas não tinha um ano. Precisava de um choque que arrebentasse de um lado ou do outro. Não podia mais esperar aquela conversinha do aluno bem aplicado que tira nota 7. Precisava de um que tirasse 10 ou que arrebentasse a classe. Acho o Paulo sensacional, mas falta aquela malandragem para ser técnico no Brasil. O Muricy saiu quando era a hora, e fomos tentar outras coisas, mas erramos. Depois do Telê, a torcida se habituou a grandes figuras no banco, e quem apareceu foi o Muricy.

Maior erro

Não fomos felizes na escolha dos técnicos, isso é o que vai mais marcar. Fizemos um esforço enorme, conseguimos corrigir salários, aquelas comissões de cinco ou seis pessoas e as multas. Isso fomos bem, mas a entidade não foi a mais feliz na escolha dos técnicos, isso é fato.
Reformulação para 2014
Sim, precisa. Não conversei com o Muricy ainda, estou deixando ele deslanchar um pouco, entender melhor onde está mais fraco, quero saber da visão dele sozinho e depois vamos sentar e conversar para não termos os sustos desse ano. Precisamos dar uma reordenada neste processo.

Imagem de arrogante ou caricato. E sem medo
Tentam fazer uma imagem que não pega. Dizem que falo rebuscado, mas falo português. Acho que é o hábito que as pessoas têm de ouvir qualquer coisa e engolir. Eu não engulo, eu falo, enfrento qualquer situação. Não tenho medo, Deus me poupou do medo. Minha ausência da imprensa é deliberada porque, se falar algo, vai repercutir fortemente, ao contrário de dirigentes que falam todo dia e não conseguem repercussão. Nossa fala põe o dedo na ferida e toca nos problemas, não é um folhetim informativo de baboseiras.

Marco Aurélio Cunha

A atitude (de se afastar) quem tomou foi ele, que foi um funcionário do clube com muito respeito e pdiu demissão, não houve nada negativo. Depois trabalhou em outros clubes e agora tem a primeira gestão como conselheiro. Ele admite que votou pela minha chance de disputar o terceiro mandato, mas porque prorrogou o mandato dele de conselheiro. Ganhei do conselho, com 90% de aprovação, a possibilidade de disputar uma nova eleição. Não tive nada prorrogado, ao contrário do conselho.

Centralização do poder

Passaram uns presidentes pelo Palmeiras que diziam A e o diretor dizia B. O Santos propôs um comitê gestor que o presidente falava A e o comitê B. O regime no São Paulo é presidencialista e muito da força do clube está nessa verticalização do comando, porque futebol é emoção, e se você espalhar a emoção para várias diretorias para decidir, a soma dá negativa; você tem que ter um presidente que avalize e tome as decisões.

Planos após a presidência (encerra em abril de 2014)

Eu pretendo me afastar, mas não como aqueles sujeitos que vão pescar e nunca mais voltam. Ficarei sem comparecer e dando palpite em resultado de técnico e contratações, quem comandará isso são os novos dirigentes. Serei um novo companheiro para participar das reuniões, mas sem influência.

Em pizzaria, oposição do São Paulo começa se armar para eleições


Kalil Rocha Abdalla (Foto: Sergio Gandolphi / globoesporte.com)
Kalil Rocha Abdalla, candidato da oposição, marca encontro com lideranças do clube para esta quarta-feira, no bairro do Morumbi.
A sete meses das eleições, a oposição do São Paulo tenta unir forças para a disputa com o grupo da situação, encabeçado por Juvenal Juvêncio e que terá Carlos Miguel Aidar como candidato. Nesta quarta-feira, a chapa de Kalil Rocha Abdalla vai reunir lideranças do clube, a partir das 20h, em uma pizzaria no bairro do Morumbi.Segundo nota divulgada nesta terça, os ex-presidentes Fernando Casal de Rey, José Eduardo Mesquita Pimenta, Paulo Amaral e José Douglas Dallora estarão presentes, além dos ex-diretores Kalef João Francisco e Marco Aurélio Cunha.
O encontro tenta mostrar que a oposição pode fazer frente à situação no pleito do próximo ano. Há menos de um mês, quando anunciou que seria candidato, Carlos Miguel Aidar disse é impossível perder a eleição em virtude da força de Juvenal Juvêncio no Conselho Deliberativo do Tricolor.
Kalil Rocha Abdalla era aliado do atual presidente há pouco mais de dois meses. Ele ocupava o cargo de diretor jurídico, mas pediu demissão para concorrer. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, atual vice-presidente, também disputará.

Médico não põe data, mas vê boas chances de Roger estrear este ano


Roger Carvalho São Paulo (Foto: Divulgação / sãopaulofc.net)
José Sanchez afirma que zagueiro 'está indo muito bem' na recuperação da cirurgia na coxa direita. Jogador foi inscrito pelo clube nesta terça-feira.
O departamento médico do São Paulo prefere não divulgar a previsão, mas o zagueiro Roger Carvalho tem grandes chances de atuar pelo clube ainda em 2013. O jogador está na parte final da recuperação de uma cirurgia na coxa direita e deixou o corpo clínico do Tricolor animado para estrear no Campeonato Brasileiro e na Copa Sul-Americana.
– Não gosto de criar expectativa, porque gera ansiedade em vocês (jornalistas) e no jogador. Ele está indo muito bem dentro do que imaginamos. Há uma perspectiva de ele estar em condições para esse período – afirmou o médico José Sanchez, por telefone.
Roger se lesionou atuando pelo Bologna em uma partida contra o Napoli, pelo Campeonato Italiano. A operação, realizada no dia 22 de maio, impediu que ele voltasse ao Brasil no segundo semestre. O jogador tinha negociações avançadas com o Flamengo, mas o acerto acabou não sendo concretizado em virtude do problema físico.
O defensor chegou ao São Paulo no mês passado para dar continuidade ao processo recuperatório. Ele passou por uma análise do departamento médico, que deu aval para a contratação. Com a evolução do quadro clínico, o Tricolor o inscreveu na CBF – o nome dele apareceu no BID desta terça-feira.
– Agora, quero me recuperar o quanto antes. Desde o início do meu tratamento aqui, com profissionais de alto nível, fui muito bem recebido. Vou fazer de tudo para ficar à disposição da comissão técnica e poder treinar com os meus companheiros – disse o jogador ao site oficial do Tricolor.
Sonho antigo da diretoria, Roger vai precisar brigar por espaço. Antônio Carlos e Rafael Toloi formaram a dupla de zaga na partida anterior. O técnico Muricy Ramalho ainda conta com Paulo Miranda, improvisado na lateral direita, além dos reservas Edson Silva e Lucas Silva. O treinador tem também a possibilidade de escalar o volante Rodrigo Caio na função.

Magoado, Leco mantém candidatura e diz que Aidar é um ‘retrocesso’


Carlos Augusto de Barros e Silva , candidato a presidência do São Paulo (Foto: Sergio Gandolphi)
Vice critica modo como Juvenal escolheu seu candidato à sucessão, vê clube com 'perda institucional' e se irrita com comparação ao Corinthians.
No último dia 12 de setembro, Carlos Augusto de Barros e Silva e Juvenal Juvêncio assistiram à vitória do São Paulo sobre a Ponte Preta lado a lado, na tribuna do Morumbi, como acontece há anos. Mas com uma diferença significativa. Dessa vez, o presidente não dirigiu a palavra ao vice. Tudo porque, dias antes, Leco ousou contrariá-lo e não aceitou a indicação de Carlos Miguel Aidar para ser o candidato da situação na eleição de abril do ano que vem.
De todas as facetas de Juvenal, destaca-se o fato de ele não aceitar ser contestado. Só que Leco, aliado há 29 anos, não engole a maneira como se chegou ao possível sucessor. Apenas três dias depois de liberar quatro pré-candidatos (Leco, Aidar, Júlio Casares e Roberto Natel) a fazerem campanha e buscarem apoio, Juvenal disse que os grupos da situação optaram por Aidar. Leco não acreditou. Tem certeza de que o prazo foi insuficiente para qualquer conclusão, e que a decisão já estava tomada. Um jogo de cartas marcadas.
É nesse cenário que o senhor de 75 anos, nome pomposo, mas popularizado pelo apelido fácil, e pela atuação no futebol do São Paulo em grande parte da década passada, jura que vai manter sua candidatura até o fim, e enfrentar Carlos Miguel Aidar e Kalil Rocha Abdalla em 2014. Um símbolo, já que foram raras as vezes em que um aliado seguiu caminho contrário ao indicado por Juvenal em seus oito anos de mandato.
- Eu me sinto muito legitimado para exercer a presidência do São Paulo, e vou lutar por isso. Não é apenas um sonho, é um compromisso com a entidade que amo. Não abro mão.
Leco considera um retrocesso a recondução de Aidar ao poder depois de 30 anos, e nega ser responsável por qualquer ruptura na situação, embora reconheça que ela está se “esfacelando”.  o atual vice-presidente do clube, e também diretor de orçamento e controle, defendeu uma “crise de modernização” para o São Paulo.
Para isso, ele conta com apoio da ala jovem. Recentemente, um grupo de pessoas que inclui até parentes de Juvenal, além do filho do ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa, se declarou a favor de sua candidatura.
Apesar do desentendimento recente, Leco fez elogios à gestão de Juvenal, a quem considera um dos maiores presidentes da história, mas criticou seu terceiro mandato, e descartou qualquer sequela na relação com Muricy Ramalho, fruto da passagem anterior do técnico pelo Morumbi.
- Ele e o Telê Santana são os maiores técnicos que o São Paulo já teve.

São Paulo divulga lista dos 30 atletas inscritos na Copa Sul-Americana

Novidade é o zagueiro Roger Carvalho, recém-contratado. Ele usará a camisa 3, que vinha sendo de Lúcio, afastado por deficiência técnica.
Atual campeão da Copa Sul-Americana, o São Paulo entra na competição já nas oitavas de final, nesta quinta-feira, contra o Universidad Católica, do Chile, no Morumbi. Nesta terça, o clube tricolor divulgou a lista dos inscritos na competição. A grande novidade é o zagueiro Roger Carvalho, recém-contratado e ainda em recuperação de uma lesão na coxa direita. Ele usará o número 3, que vinha sendo usado por Lúcio, afastado por deficiência técnica.

Confira a lista:

1-Rogério Ceni
2-Rafael Toloi
3-Roger Carvalho
4-Antonio Carlos
5-Wellington
6-Clemente Rodríguez
7-Rodrigo Caio
8-Paulo Henrique Ganso
9-Luis Fabiano
10-Jadson
11-Ademilson
12-Denis
13-Paulo Miranda
14-Edson Silva
15-Denilson
16-Reinaldo
17-Osvaldo
18-Maicon
19-Aloísio
20-Lucas Evangelista
21-Welliton
22-Silvinho
23-Douglas
24-Lucas Silva
25-Fabrício
26-Mateus Caramelo
27-Lucas Farias
28-João Schmidt
29-Negueba
30-Renan

À sombra das estrelas, Maicon vira operário de Muricy e ganha espaço


Maicon São Paulo (Foto: Site Oficial / saopaulofc.net)
Com carreira marcada por concorrência pesada na armação, meio-campista abre mão de jogar adiantado e se firma como titular no Tricolor.
A tranquilidade que mostra ao falar, Maicon tem também dentro de campo. E quanta paciência precisou até receber a tão sonhada chance de finalmente se firmar no São Paulo. A serenidade também o ajudou a refletir e abandonar o sonho de ser um “camisa 10” requintado. Virou quase um segundo volante com a qualidade técnica que o futebol moderno exige. Virou um dos novos titulares desde a chegada de Muricy Ramalho.
– Estou muito feliz. O Muricy está me dando essa oportunidade e agora cabe a mim me dedicar para me manter. Jogar uma partida hoje e outra daqui duas semanas é complicado. Jogador precisa de sequência. Quero aproveitar da melhor maneira possível – afirmou.
Mas entender que mudar de função seria fundamental para a carreira deslanchar não foi fácil. Maicon cresceu no bairro carioca de Bangu como uma promessa no futsal. O futebol de campo era questão de tempo e veio com uma chance no Madureira. Titular em todas as categorias como o craque do time, virou profissional cedo e logo chamou a atenção dos grandes do estado. Com 19 anos, já estava no Fluminense.
Nas Laranjeiras, porém, a vida começou a dar dicas de que mudar seria necessário. A concorrência com Ramón, Roger e outros jogadores de nome impediu que o meio-campista deslanchasse. Sem brilho, voltou ao Madureira e de lá seguiu para um período no Botafogo. De novo, as estrelas estavam no caminho. Lúcio Flávio e Zé Roberto dominavam o meio de campo.
– Eu era muito novo e os clubes tinham jogadores de nome. Teoricamente, eram eles que jogariam sempre – recordou.
Foi na passagem de dois anos pelo Duisburg, da Alemanha, que Maicon entendeu o recado. Na marra, aprendeu a ajudar na marcação e a fazer uma função diferente daquela que aprendeu na adolescência. Na volta ao Brasil, se viu novamente em uma disputa acirrada por vagas no meio de campo e resolveu trocar de função.
– No Figueirense, tínhamos o Fernandes, que é ídolo do clube, e o Firmino, que hoje joga no Hoffenheim. Eu pensei que deveria jogar um pouco mais atrás. Deixei os dois brigando pela posição e cresci muito. Criei uma característica diferente. Você precisa ser o diferente. Se eu tivesse pensado assim antes, talvez, hoje estivesse em outro nível.
Mudança com Muricy
Maicon viveu situação muito semelhante no São Paulo. Entretanto, em uma proporção ainda maior. Jadson sempre foi considerado o “cérebro” da equipe. As portas se fecharam ainda mais quando Ganso foi contratado do Santos e aumentou a concorrência. Sem uma grande sequência, o jogador acabou não engrenando com Ney Franco e Paulo Autuori.
A chegada de Muricy Ramalho, contudo, mudou tudo. Maicon virou um segundo volante com liberdade para atacar e ajudar Jadson e Ganso. Mas sem esquecer da defesa. O sofrido aprendizado defensivo na Alemanha deu resultado. Nas três partidas em que atuou na função, o São Paulo não sofreu gols – o time foi vazado diante do Goiás, quando ele cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo.
– Não adianta só entrar em campo e jogar. Você tem de ver onde se dá melhor, fazer a leitura dos adversários. Hoje, só não jogo de primeiro volante, mas, se precisar, posso fazer essa função. Fiz três jogos com o Muricy e vou procurar dar o meu melhor para continuar na equipe.
Aos 28 anos, Maicon não quer perder a chance que tanto esperou. Dos tempos de craque no subúrbio carioca restou apenas a lembrança. É como um operário de Muricy que ele pretende, enfim, se firmar.
– É muito difícil chegar ao São Paulo. Tenho de valorizar o que tenho. Vou me empenhar ao máximo para não sair mais e ficar muito tempo aqui – finalizou o meia/volante, que tem contrato com o clube até 31 de dezembro de 2016.

Muricy confirma que vai usar titulares na Sul-Americana e mira o título


Muricy Ramalho (Foto: Marcos Ribolli)
Mesmo com o Tricolor ainda perto da zona do rebaixamento no Brasileiro, técnico sonha com o bi do torneio para fechar bem a temporada 2013.
O técnico Muricy Ramalho não revelou a escalação, mas confirmou que o São Paulo entrará em campo com a equipe considerada titular na partida contra o Universidad Católica, nesta quinta-feira, às 22h (horário de Brasília), no Morumbi, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Mesmo com o Tricolor ainda lutando para escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o treinador sonha com o título internacional para fechar a temporada.
– Nosso planejamento é entrar forte na competição. Por isso, vamos colocar em campo o que temos de melhor. O time será quase o mesmo que enfrentou o Goiás, porque largar bem nessa competição é fundamental – afirmou o comandante ao site oficial.
A Copa Sul-Americana é a última chance de o São Paulo se classificar para a Taça Libertadores. O time precisaria de uma grande arrancada no segundo turno do Brasileirão para chegar ao grupo dos quatro melhores. No entanto, a briga neste momento está em evitar o inédito rebaixamento. São apenas três pontos acima do últimos colocados.
O Tricolor defende também o título do segundo torneio mais importante do continente. No ano passado, enquanto fazia a melhor campanha da metade final do Brasileirão, a equipe do Morumbi embalou na boa fase de Lucas e conquistou o troféu pela primeira vez em sua história.
– A Sul-Americana nos dá a oportunidade de fecharmos a temporada com título e isso tem um peso muito grande. Lógico que se chegar em um momento do campeonato e acharmos que tem jogadores com risco de lesão, vamos nos precaver – disse.
O único desfalque será o volante Denilson, com uma lesão na coxa direita. O meia Maicon cumpriu suspensão diante do Goiás e volta ao setor. Caso essa seja a única mudança, Rodrigo Caio continuará como volante, deixando a dupla a zaga para Rafael Toloi e Antônio Carlos, titulares na derrota para o Goiás, domingo passado, no Serra Dourada.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Desfile surpresa: Musas do Brasileirão param o trânsito na Avenida Paulista

Musas Brasileirao Av Paulista 19 (Foto: Marcos Ribolli)
Representantes dos cinco times de São Paulo no concurso se unem e arrancam de suspiros a poesias de torcedores. Escolha a sua favorita.
As musas de Corinthians, Ponte Preta, Portuguesa, Santos e São Paulo são mulheres de parar o trânsito. Não é forma de falar. As cinco pararam uma das mais importantes vias do Brasil com um desfile surpresa na Avenida Paulista, em São Paulo. Levando no peito os escudos dos times que representam, elas conversaram com torcedores, pediram votos e receberam elogios dos populares que por ali passavam.
Cristiane Mendes, do São Paulo, foi a mais desinibida e a primeira a bater papo com os fãs, que ficaram de queixo caído com a beleza da musa. Um torcedor, mais empolgado, avisou:
- Com a volta do Muricy e a Cris no concurso das musas, só vai dar São Paulo no topo da tabela.
Quem teve mais dificuldades foi a musa da Ponte Preta, Priscila Possato. Ela é de Campinas, como o time do coração, e jogou fora de casa. Mas obteve sucesso convencendo palmeirenses, que não tem representante no concurso, a votarem na Macaca.
A musa do Corinthians estava em casa. Luana Ferreira contou com o apoio da maior torcida do estado e recebeu promessa de vários marmanjos, fanáticos pelo Timão. A santista Cinthya Macchia conseguiu deixar os torcedores do Peixe mais empolgados do que com o time. Um deles declarou que acredita mais que ela vença o concurso Musa do Brasileirão do que o Santos seja campeão brasileiro.
Verônica Bolani, musa da Portuguesa, chegou avassaladora, arrancou suspiros e angariou fãs de todos os times. Aproveitou e mandou o recado:
- A palavra musa significa fonte de inspiração. Quero ser isso não só para os torcedores da Lusa, mas para os de todos os clubes.
Um dos curiosos, que passava pelo famoso vão do MASP (Museu de Arte de São Paulo), levou a sério as palavras de Verônica. Em vez das palmas, buzinadas e cantadas baratas que as garotas ouviram a tarde inteira, ele se inspirou e leu uma poesia para as musas. Elas aprovaram e aplaudiram o poeta, que não escolheu sua favorita.
Você tem a sua favorita? A disputa começa no dia 24 de setembro. As concorrentes foram divididas em quatro grupos, onde se enfrentam internamente. A vencedora de cada chave avança para a fase semifinal. Em dezembro, a campeã do Musas do Brasileirão será revelada. Até lá, fique ligado na página do concurso e vote AQUI na sua candidata.

'Para aquele Ganso de antes, ainda falta um pouco', diz Muricy


Ganso (Foto: Marcos Ribolli)
Com elogios e ao mesmo tempo cobrança, técnico vê meia 'ao menos se mexendo e armando a equipe' e espera por evolução física e tática.
Apesar da derrota do São Paulo por 1 a 0 para o Goiás, em Goiânia (veja no vídeo ao lado), Muricy Ramalho viu aspectos positivos no time. Dentre eles, o encaixe no meio de campo e a evolução de Paulo Henrique Ganso. Para o treinador, um fator está ligado ao outro e, ainda que o meia ainda não esteja no ápice de sua forma, tem sido importante para a equipe, que vinha de três vitórias consecutivas.
- Se olharmos bem nesses quatro jogos, ele foi bem. Ao menos está se mexendo e armando a equipe, que é a função dele. Ele está subindo. Pouco a pouco, está achando seu melhor posicionamento e também a questão física, que é importante pra ele. Claro que, para aquele Ganso de antes, ainda falta um pouco. Mas está melhorando.
Na tarde deste domingo, Ganso conseguiu distribuir bons passes no Serra Dourada e, em algumas vezes, colocou os companheiros em condições de marcar. Em especial Wellinton, que no primeiro tempo teve ótima chance, driblou o goleiro Renan, mas depois ficou sem ângulo e perdeu o gol. 
O São Paulo começou o jogo com Denílson, Rodrigo Caio, Jadson e Paulo Henrique Ganso, que conseguiu atuar os 90 minutos da partida. Denílson, por sua vez, se lesionou e precisou ser substituído por Fabrício ainda no primeiro tempo.
Com a derrota, o São Paulo permaneceu com 27 pontos e segue ameaçado pelo rebaixamento. A equipe volta a jogar pelo Brasileirão apenas no próximo fim de semana, contra o Grêmio, domingo, no Morumbi. Antes, recebe o chileno Universidad Católica, no Morumbi, quinta-feira, às 21h50m (horário de Brasília).

Projetando evolução, Muricy quer que time não se abale com derrota


Muricy Ramalho Treino São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)
De olho na Sul-Americana e também no trabalho de evitar rebaixamento no Brasileiro, treinador pede que time esqueça o tropeço em Goiânia.
O eternizado lema de Muricy  Ramalho "aqui é trabalho" é a fórmula encontrada pelo treinador para acabar com o abatimento causado pela derrota por 1 a 0 para o Goiás, no domingo, e recolocar o Tricolor no caminho das vitórias. O primeiro passo pode ser dado na quinta-feira, quando o time vai fazer a sua estreia na Copa Sul-Americana, já nas oitavas de final, contra a Universidad Católica, no Morumbi.
– Continuamos o trabalho, só assim vamos esquecer essa derrota e voltar a vencer, coisa que já vinha acontecendo. Não podemos desanimar. Volto a repetir: futebol é muito equilibrado e vence que trabalha mais – afirmou o treinador, que havia vencido os seus três primeiros jogos desde que voltou a treinar o São Paulo.Com o revés para os goianos, o Tricolor estacionou nos 27 pontos e está a apenas três da zona de rebaixamento. Times mais próximos de deixar o Z-4, Cricíuma e Vasco, somam 24 pontos.  Mas o Tricolor só vai voltar a jogar pelo Brasileirão no próximo domingo, contra o Grêmio, no Morumbi. Por isso, além da importância do jogo pela Sul-Americana, na quinta, tal compromisso vai servir para corrigir erros do time de olho na sequência do campeonato nacional.
– O time já está bem postado, mas vamos melhorar nos próximos jogos. Nós sofremos pouco contra o Goiás e já não estamos sofrendo tanto como antigamente. Em quatro jogos, sofremos só esse gol da derrota.  Vamos ajustando a equipe. Nos preocupamos com o todo. Não podemos criticar só a defesa ou só o ataque – comentou Muricy.
Após a partida em Goiânia, o comandante são-paulino deu folga nesta segunda-feira para todos os jogadores que iniciaram a partida no Serra Dourada. Reservas e atletas não relacionadas vão ter uma atividade comandada por Muricy a partir das 15h30m , no CT da Barra Funda.
– Os jogos estão sendo desgastantes e todos precisam estar inteiros – argumentou ele.

Denilson sofre contratura na coxa e não enfrenta a Universidad Católica


denilson sao paulo (Foto: Gustavo Serbonchini )
Volante se lesionou contra o Goiás no último domingo, em Goiânia, 
O volante Denilson vai desfalcar o São Paulo por tempo indeterminado. O jogador sofreu uma lesão na coxa direita no primeiro tempo da derrota para o Goiás, domingo, no Serra Dourada, e não tem condições de enfrentar a Universidad Católica, do Chile, quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no Morumbi, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana.
O marcador foi submetido a exames nesta segunda-feira que detectaram uma pequena contratura na coxa. O clube não divulgou qual a previsão do tempo que ele precisará ficar afastado das atividades com bola. Mas o atleta também não participa do jogo diante do Grêmio, domingo, ás 16h (horário de Brasília), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
Em julho, Denilson passou por uma cirurgia no joelho direito e voltou atuar no último dia 12, na vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta, na capital paulista, partida que marcou o retorno do técnico Muricy Ramalho ao Tricolor. O jogador vinha sendo utilizado como primeiro volante.
Sem ele, o treinador tem três opções para o setor: Rodrigo Caio, que também está atuando como zagueiro, além de Fabrício e Wellington. O último se recupera de um sangramento digestivo e depende do estado físico para ser utilizado no confronto de quarta.

domingo, 22 de setembro de 2013

Mudado, São Paulo reencontra Goiás, seu primeiro algoz no Brasileiro

Após derrota para equipe esmeraldina, no Morumbi, Tricolor entrou em queda livre no campeonato, mas agora consegue se reerguer com a chegada de Muricy.
Cinco de junho, Morumbi, quarta rodada do Campeonato Brasileiro, e a torcida do São Paulo clamava por Muricy Ramalho pela primeira vez no ano. Mais de três meses depois, o pedido das arquibancadas foi atendido e o comandante voltou ao Tricolor para tentar reerguer o clube da crise que iniciou justamente naquela derrota por 1 a 0 para o Goiás, dentro de casa. Agora, os times se reencontram neste domingo, às 16h (de Brasília), no Serra Dourada, em novo panorama.
A vitória sobre o Coritiba escapou por entre os dedos, mas, com o triunfo sobre o Corinthians, o Goiás retornou satisfeito para Goiânia com quatro pontos na série de dois jogos fora de casa. De volta ao Serra, neste domingo o Alviverde espera confirmar o bom momento vencendo mais uma vez o São Paulo.
Desde a chegada de Muricy, o São Paulo só sabe o que é vencer. Com nove pontos em três jogos, a equipe finalmente deixou a zona de rebaixamento após quase dois meses e agora, com 27 pontos somados, já vislumbra voos mais altos no Brasileiro. Para isso, um novo resultado positivo, desta vez fora de casa, é visto como imprescindível.
Os ingressos para o duelo custam R$ 40 (arquibancadas) e R$ 80 (cadeiras). Torcedores com camisa do Goiás pagam meia-entrada em qualquer setor.
header as escalações 2

Goiás: três mudanças serão feitas no time titular. Porém, apenas uma delas está consolidada: após cumprir suspensão, Rodrigo volta no lugar de Valmir Lucas. Nas outras duas, dúvidas. É certo de Pedro Henrique não agradou ao ser improvisado na lateral e deverá ser substituído. Como William Matheus não se recuperou, o volante Thiago Mendes deve ser o escolhido. Por motivos contratuais, Roni não pode enfrentar o São Paulo e está fora. Tartá, Ramon e Eduardo Sasha disputam a vaga. A provável formação do Goiás é: Renan; Vitor, Ernando, Rodrigo e Thiago Mendes (Mário Sérgio); Amaral, David, Renan Oliveira, Hugo e Tartá (Ramon ou Eduardo Sasha); Walter.

São Paulo: mais uma vez, Muricy Ramalho não conseguirá repetir a escalação no São Paulo. Sem Maicon, suspenso, o treinador deve colocar Rafael Toloi – que esteve fora diante do Atlético-MG – na zaga e, assim, adiantar Rodrigo Caio para jogar como volante. Ele tem dúvida entre Douglas e Paulo Miranda na lateral. O provável time do Tricolor tem: Rogério Ceni; Paulo Miranda (Douglas), Rafael Toloi, Antônio Carlos e Reinaldo; Rodrigo Caio, Denilson, Ganso e Jadson; Welliton e Luis Fabiano.
quem esta fora (Foto: arte esporte)

Goiás: Eron segue no departamento médico e é desfalque.
São Paulo: com o departamento médico finalmente vazio, o São Paulo só tem o desfalque do meia Maicon, suspenso pelo acumulo de cartões amarelos..
header pendurados (Foto: ArteEsporte)

Goiás: Valmir Lucas.

São Paulo: Antonio Carlos, Douglas, Lucas Evangelista, Paulo Henrique Ganso, Paulo Miranda, Rodrigo Caio e Wellington.
header o árbitro (Foto: ArteEsporte)

Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC) apita o jogo, auxiliado por Fábio Pereira (TO) e Marrubson Melo Freitas (DF). O árbitro trabalhou em oito partidas neste Brasileiro. Paulo Godoy aplicou 5 cartões amarelos em média e dois vermelhos (0,3 por partida). Ainda marcou média de 42,3 faltas por jogo e não assinalou pênaltis. O campeonato tem média de 4,3 cartões amarelos e 0,3 cartões vermelhos. São 34,4 faltas em média por partida e 0,2 pênalti por confronto.

header_estatisticas (Foto: arte esporte)

GOIÁS: O time esmeraldino venceu os últimos quatro confrontos contra o São Paulo, incluindo o do turno deste Brasileirão, por 1 a 0 no Morumbi. A equipe tem números curiosos: é a que menos apanha na competição, com 322 faltas sofridas. Para efeito de comparação, o adversário da vez sofreu 411, terceiro número. Além disso, o Goiás é quem mais roubou bolas nas 22 rodadas até o momento: 331.

SÃO PAULO: com Muricy, o Tricolor jamais perdeu para o Goiás. Entre 2006 e 2008 foram cinco vitórias paulistas e um empate. Desde que o treinador voltou ao clube, há três rodadas, foram três vitórias sem sofrer gol. Segundo time que mais erra passes na competição, com média acima de 34 por jogo, o Tricolor deu um alento ao seu torcedor ao errar somente 22 na última rodada, contra o Atlético-MG. Foi o jogo com menor número de passes errados do São Paulo.
header_na_historia (Foto: arte esporte)

A equipe do Goiás venceu o São Paulo com placar de 2 a 0, no Serra Dourada, valendo pela Fase única do Campeonato Brasileiro de 2004. Os gols foram marcados por Rodrigo Tabata e Alex Dias. Cicinho (São Paulo) foi para o chuveiro mais cedo.

Edinho vê retranca eficiente no São Paulo e diz que Muricy mudou 'astral'


Muricy Ramalho São Paulo e Ponte Preta (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Comentarista alerta para baixa umidade do Serra Dourada, onde Tricolor Paulista enfrenta o Goiás, neste domingo: 'Tem que tomar cuidado'.
Com 100% de aproveitamento em seu retorno ao São Paulo, o técnico Muricy Ramalho renovou os ânimos dos jogadores do Tricolor Paulista, na opinião do comentarista do SporTV Edinho. Em sua participação no "Troca de Passes", o ex-jogador apontou que o treinador tem armado a equipe de forma a não sofrer gols, o que tem surtido efeito: nos últimos três jogos da equipe no Campeonato Brasileiro, o goleiro Rogério Ceni não viu sua meta ser vazada.
- O São Paulo, com o Muricy, tem jogado muito na retranca, tentando não levar gol. Para fazer gol, o jeito tem sido a bola parada. A motivação e o astral são outros com o Muricy. Mas a zona do rebaixamento ainda é perigosa. Essas vitórias não credenciam uma saída definitiva - disse.
O São Paulo ocupa a 14ª posição na tabela do Brasileirão, com 27 pontos. Edinho alertou o Tricolor Paulista para o jogo deste domingo, diante do Goiás, no Serra Dourada. O comentarista afirmou que a equipe de Muricy deve tomar cuidado com a baixa umidade característica da região Centro-Oeste.
- Tem que tomar cuidado com a umidade relativa do ar. Muitos preparadores, às vezes, não atentam para esse aspecto e chegam lá querendo jogar de igual para igual - disse.
O Tricolor enfrenta o Esmeraldino às 16h (de Brasília), em jogo válido pela 23ª rodada do Brasileirão.

sábado, 21 de setembro de 2013

Tricolor minimiza chance de passar Timão e mira 17ª Libertadores


Muricy Ramalho (Foto: Marcos Ribolli)

São Paulo pode superar Corinthians na tabela com vitória sobre o Goiás no domingo e derrota do rival para o Cruzeiro.
O que parecia inimaginável há cerca de duas semanas agora está bem próximo de acontecer. Antes candidato sério ao rebaixamento, o São Paulo pode ultrapassar o Corinthians, apontado como postulante ao título brasileiro, na tabela de classificação. Para isso, basta vencer o Goiás, no Serra Dourada, no domingo, e torcer para que, simultaneamente, o líder Cruzeiro derrote a equipe de Tite no Pacaembu.
- Sinceramente, não passa pela nossa cabeça. Temos de nos preocupar com o nosso momento, que ainda não é bom. Não temos de pensar nos outros, mas sim nos nossos problemas. Respeitamos o Corinthians e isso aí (rivalidade com o Timão) fica só para os torcedores – declarou o técnico Muricy Ramalho.
Após passar quase dois meses dentro da zona de rebaixamento, o São Paulo engatou uma série de três vitórias, subiu a 14ª colocação e agora está a três pontos do Corinthians, que, por sua vez, não vence há cinco partidas e já se considera fora da briga pelo título da competição. Para Muricy, as situações se inverteram entre os clubes devido ao dinamismo da atual edição do Brasileirão.
- Ainda temos de estar ligados e não pensar em outra coisa a não ser sair definitivamente desta situação. Há muito tempo não via um campeonato tão esquisito como esse. O Cruzeiro é o único time que alcançou uma distância considerável (está na liderança, com sete pontos de vantagem sobre o Botafogo).
Apesar de insistir que a realidade do São Paulo ainda é lutar contra o rebaixamento, Muricy já vislumbra, mesmo que timidamente, a possibilidade de o time conquistar uma vaga para a Taça Libertadores do ano que vem. Faltando 16 rodadas para o término da competição, o Tricolor está a 11 pontos do Atlético-PR, primeiro time dentro do G-4 da tabela.
- Com os jogadores, ainda não toquei nesse assunto, mas a partida contra o Goiás é uma decisão e, com todo respeito a eles, não tem outra saída a não ser ir lá e vencer. Nesse Brasileiro vai se dar bem quem vencer fora também. A partir do momento que fizermos isso, vamos nos aproximar do grupo de cima e o discurso vai mudar.
Caso não consiga terminar entre os quatro primeiros da tabela, o Tricolor ainda tem outra alternativa para conquistar uma vaga para a competição continental na qual é a equipe brasileira com o maior número de participações (16). Basta levar o bi da Sul-americana. A equipe estreia na competição na quinta-feira que vem, diante do Universidad Católica, pelas oitavas de final.

Muricy celebra ótima fase da defesa: 'Está todo mundo ajudando'


Rodrigo Caio - São Paulo (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Em três jogos com o novo treinador, São Paulo ainda não sofreu gol, algo que influencia diretamente na reação da equipe no Brasileirão.
Em três jogos neste Campeonato Brasileiro, o São Paulo teve a cara de Muricy Ramalho. Vitórias por placares pouco elásticos (1 a 0 sobre Ponte Preta e Atlético-MG, e 2 a 0 diante do Vasco) e consistência defensiva, que não vinha apresentando até então. Por enquanto invicto com o novo treinador, o setor foi um dos mais problemáticos com Paulo Autuori, quando sofreu 15 gols em 12 partidas na competição (média de 1,25).
– Sempre que se fala em mudança pode respingar no antigo treinador. E a pessoa que estava aqui é excelente, de ótimo caráter. É difícil eu estar falando a meu favor. As pessoas gostam de comparar, mas eu não sou muito chegado nisso. Estou apenas fazendo meu trabalho – disse Muricy.
Nesta nova fase do setor defensivo do São Paulo, dois jogadores tem se destacado com o treinador: Antônio Carlos e Rodrigo Caio. O primeiro, contratado ainda na época de Paulo Autuori, mostrou regularidade e qualidade para logo garantir uma vaga de titular na equipe. Já o segundo, polivalente, trouxe segurança à zaga ao atuar mais recuado.
– O Antônio Carlos orienta muito a defesa e é fundamental para nós. Já o Rodrigo se adapta as posições e agora está atuando em um setor que já conhece. São dois jogadores que se complementaram. Também tem o pessoal na frente da zaga que tem deixado a bola chegar pouco atrás. É muito difícil chegar na nossa defesa. Se não tomamos gol é porque está todo mundo ajudando – completou Muricy.
Para a próxima partida, no entanto, o posicionamento de Rodrigo Caio será alterado. Com Maicon suspenso, o treinador optou por escalar Rafael Toloi na zaga, ao lado de Antônio Carlos, e adiantar o jovem são-paulino para o meio-campo. Independentemente da escalação e do esquema tático, o Tricolor viaja a Goiás para continuar a sua reação no Brasileirão.
Assim como o desempenho da defesa, a chegada de Muricy Ramalho é vista como fundamental para esta nova fase do time, que deixou a zona da degola após dois meses.
– Não sou motivador, nem psicólogo, mas sou um grande cobrador. Não é nada radical, é uma cobrança natural. Jogador gosta disso e acabo trazendo confiança para o ambiente. Eles veem que tem um cara aqui que tem experiência, que já fez alguma coisa pelo futebol – explicou o treinador tricampeão brasileiro pelo Tricolor.