quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

São Paulo procura nova construtora para fazer cobertura do Morumbi


projeto de cobertura do Morumbi (Foto: Divulgação / São Paulo FC)
Andrade Gutierrez anuncia desistência por conta das brigas políticas, mas cede projeto de sua autoria ao clube, que não desiste de aprovar obra no Conselho O São Paulo terá de procurar uma nova construtora para executar a polêmica obra de cobertura do Morumbi. A Andrade Gutierrez, parceira do clube na obra, anunciou sua desistência de participar do projeto. Segundo a diretoria tricolor, o motivo foram as recentes brigas políticas entre situação e oposição. As eleições presidenciais no clube serão disputadas em abril.
O São Paulo emitiu nota oficial confirmando que divergências políticas motivaram a empresa a deixar o projeto, mas garantiu não vai desistir de executar a obra. A Andrade Gutierrez cedeu o projeto de sua autoria ao clube para que seus dirigentes possam procurar outra empreiteira interessada. Orçada em R$ 460 milhões, a reforma inclui a cobertura, uma arena multiuso para 28 mil pessoas e dois prédios de estacionamento.
No início de janeiro, o fundo de investimentos obteve registro e, a partir desse momento, a Lacan, que administra o fundo, teria seis meses para captação de recursos. Segundo o São Paulo, os 20 investidores já estavam apalavrados, e a soma dos valores atingiria o total da obra. O clube não desembolsaria nem um centavo.
A diretoria são-paulina estima em dois meses o prazo para se acertar com outra construtora e aprovar a obra no Conselho. É uma visão bem otimista, tendo em vista os fatos mais recentes. As brigas começaram no fim de dezembro, quando não houve quórum mínimo (75% dos conselheiros) para votarem a reforma.
Naquela ocasião, membros da oposição não entraram e houve troca de acusações. Eles reclamavam falta de transparência da situação na elaboração do contrato, que tem mais de mil cláusulas. Em janeiro, a diretoria colocou toda a papelada à disposição dos opositores, que criaram uma comissão para analisarem. O imbróglio permaneceu.
A situação estava se esforçando para aprovar a reforma em nova reunião do Conselho na primeira semana de fevereiro, mas já havia deixado claro que mudaria o estatuto se, mais uma vez, não obtivesse sucesso. O plano de Juvenal Juvêncio era reduzir para 50% o quórum necessário. Dessa forma, ele conseguiria aprovação apenas com conselheiros que o apoiam.
No pleito marcado para a segunda quinzena de abril, Carlos Miguel Aidar é o candidato da situação e Kalil Rocha Abdalla representa a chapa de oposição.

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