sexta-feira, 18 de abril de 2014

Da máquina de café ao futebol, Aidar começa a mudar o São Paulo


Carlos Miguel Aidar, novo presidente do São Paulo (Foto: Carlos Augusto Ferrari)

Em seu primeiro dia de trabalho, novo presidente revela passos iniciais para modernizar gestão e fazer com que o time de futebol volte a ser campeão.
Na última quinta-feira, Carlos Miguel Aidar acordou às 7h30 – uma hora mais tarde que de costume –, leu os três jornais que assina e foi surpreendido pela chegada de um motorista para levá-lo ao Morumbi. É um privilégio do presidente do São Paulo, cargo ao qual ele voltou 30 anos depois de ser eleito pela primeira vez. O advogado, hoje com 67 anos, se divertiu quando o rapaz perguntou se era preciso avisar às pessoas no estádio que ele estava chegando. Disse que não precisava: 
- Não tenho frescura...
Duas horas e meia depois, Aidar estava instalado em seu gabinete, conversando com os repórteres do GloboEsporte.com em sua primeira entrevista exclusiva após a eleição - realizada na quarta-feira à noite. O novo presidente tricolor falou sobre como está começando a mudar o São Paulo. Desde alterações mais sutis até as que devem configurar uma gestão bem diferente da de Juvenal Juvêncio, que durou oito anos e terminou na última quarta.   
Eleito por 133 votos contra sete em branco, Aidar já pediu a instalação de um computador em sua sala. Também quer um sistema mais eficiente para se comunicar com Maristela, a secretária da presidência. Hoje, ele precisa apertar uma campainha para que ela vá até o local.   
- Maristela, você não precisa vir até aqui toda hora, vamos providenciar um ramal interno.   
O telefone, que fica num móvel às costas do presidente, será transferido para a mesa principal. Ele também quer uma máquina de café, e até a bala que Juvenal ofereceu à reportagem em sua última entrevista foi substituída. Aidar sabe que terá de governar à sombra da forte imagem deixada pelo antecessor e não se importa. Ele se derrete em elogios ao amigo, mas defende mudanças.   
Já encomendou a quatro empresas de consultoria um diagnóstico para elaboração de um novo modelo de gestão. Pretende reduzir o número de adjuntos, assessores e consultores da diretoria, que hoje completam sete folhas de papel em letras minúsculas. Ele corre para nomear a nova diretoria e espera descobrir rapidamente porque o time de futebol rende muito menos do que se espera pelos jogadores que tem a fim de evitar novos vexames, como a eliminação diante do Penapolense, no Paulistão, considerada pelo novo chefe uma “atuação desastrosa”. Na entrevista, Aidar também revelou o que vai fazer sobre a interminável polêmica da Taça das Bolinhas.   
- Os jogadores precisam saber que o São Paulo sempre entra para ser campeão. O São Paulo quer ser campeão.



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