sexta-feira, 20 de setembro de 2013

'Ex-vagabundo', Muricy lamenta falta de tempo e contém euforia no Tricolor


Tata Muricy (Foto: Marcos Ribolli)

Treinador recorda com saudade das férias, diz que precisa se aproximar mais do elenco e evita falar em encostar na parte de cima da classificação.
Os quatro meses de férias desde a saída do Santos e o retorno ao São Paulo deixaram Muricy Ramalho mal acostumado. Depois de três vitórias seguidas e de tirar o Tricolor da zona do rebaixamento do Brasileirão, o treinador adoraria ter mais alguns dias livres para se aproximar do elenco e celebrar a reação. Mas, com a tabela apertada e o Goiás pela frente no domingo, no Serra Dourada, ele quer mesmo é conter qualquer sintoma de euforia.
- Se tivéssemos um fim de semana livre, poderíamos fazer um churrasquinho. Mas não tem nada, domingo vamos a Goiânia com a intenção de ganhar. É outro jogo duríssimo, com uma temperatura alta e um adversário acostumado a jogar em um campo grande. Não dá para comemorar. Vamos comemorar quando sairmos desse sufoco.
Com nove dias no clube, Muricy ainda tenta estreitar a relação com os jogadores. Do time que conquistou com ele o tricampeonato brasileiro entre 2006, 2007 e 2008, restaram apenas o goleiro Rogério Ceni e os volantes Wellington e Denílson.
- Quando você para em frente aos jogadores, percebe no olhar se eles têm confiança ou não no treinador. O que eles estão recebendo é uma palavra de um cara com uma certa experiência, que conhece o clube. Estou me aproximando pouco a pouco deles. Não pode ser muito também, porque cansa.
Os triunfos fizeram o São Paulo saltar da 18ª para a 13ª colocação, agora com 27 pontos. O Tricolor deixou a zona do rebaixamento, mas ainda segue ameaçado. São apenas três pontos acima do grupo dos quatro piores. Por outro lado, já diminuiu para oito a diferença até o G-4. Mas, sonhar com um posicionamento destacado, ainda está distante para o treinador.
- Nossa realidade é ali. Estávamos lá embaixo, ganhamos três e fomos para cima. Mas não podemos nos entusiasmar. A vitória nos dá confiança, mas sem nenhum tipo de empolgação.
Com 100% de aproveitamento, Muricy Ramalho ainda curte a fase “paz e amor” que construiu nas férias no sítio em Ibiúna, interior de São Paulo. Mesmo vencendo, é com saudade que ele lembra do período sem treinos, esquemas táticos, viagens, concentrações...
- Eu estava lá em Ibiúna comendo carne, tomando cerveja com a família. Nunca fiz isso, ser vagabundo. Foi ótimo, meu Deus (risos).

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