quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Criador de Juvenal, Aidar vira criatura e propõe reforma no São Paulo


Miguel Aidar candidato presidente sp (Foto: Sergio Gandolphi)
Responsável pelo surgimento do atual presidente, candidato critica ‘burocracia’ do clube, sugere Cotia como ‘negócio’, e quer Liga dos clubes.
Carlos Miguel Aidar é sócio de um dos escritórios de advocacia que mais cresceram nos últimos anos em São Paulo. Tem visão privilegiada da Avenida Paulista no 15°andar de um dos novos edifícios da região. Também integra o Comitê Paralímpico Internacional e a Comissão de Estudos Jurídicos Desportivos do Ministério do Esporte. E, em meio à atribulada agenda, surgiu mais um compromisso: é o candidato apoiado por Juvenal Juvêncio na eleição à presidência do São Paulo, em abril do ano que vem.
A indicação causou mal estar em boa parte do clube, sobretudo no vice Carlos Augusto de Barros e Silva, que manifestou seu descontentamentoPor fim, o advogado sustenta na Justiça até hoje o terceiro mandato de Juvenal Juvêncio, obtido por meio de reforma estatutária. O escolhido recebeu a reportagem em sua sala e se disse fã de Juvenal, a quem considera “sedutor”. Mas ele, Aidar, também é. Bom papo, sorriso fácil, mostrou a foto da família na tela do computador e brincou com as inúmeras mensagens recebidas no celular durante a entrevista.
- Acham que só porque sou candidato consigo ingresso do Bon Jovi pra todo mundo!
Aos 67 anos, Carlos Miguel Aidar vai enfrentar Leco e Kalil Rocha Abdalla, e jura que a indicação de Juvenal foi um susto, ao contrário dos que pensam que seu nome já estava definido. Por isso, as ideias ainda são prematuras, “respostas a lápis”, como bem definiu. Mas são ousadas.
O centro de formação de atletas de Cotia, xodó de Juvenal, se transformaria numa unidade de negócios. Ele também quer criar a Liga Nacional dos clubes brasileiros, independentemente do apoio da CBF. E promete reforma administrativa no São Paulo. Só não vai mexer no técnico.
- Sou amigo, fã e viúva do Muricy.. São muitas as possíveis razões da escolha. Juvenal tem fascínio pelo poder, algo que está ligado a Aidar. Também há retribuição, já que foi Carlos Miguel quem o lançou à política tricolor em 1984, quando foi eleito o presidente mais jovem da história do clube, aos 37 anos, e o nomeou diretor de futebol.

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