domingo, 18 de agosto de 2013

Ganso luta contra números em nova tentativa de se firmar no São Paulo


Paulo Henrique Ganso, meia do São Paulo (Foto: Divulgação/ Site Oficial do São Paulo)
Sem assistências no Brasileiro e com apenas quatro no ano, meia volta pressionado e cercado de dúvidas na partida contra o Flamengo.
Paulo Henrique Ganso completará no próximo mês um ano de incertezas no São Paulo. Longe das grandes atuações que teve ao lado de Neymar no Santos, o meio-campista tem neste domingo mais uma chance de mostrar que ainda pode jogar em alto nível. Aposta do técnico Paulo Autuori, ele será titular contra o Flamengo, às 16h, em Brasília, mas entrará em campo pressionado a se destacar e dar nova cara a um time em colapso no Campeonato Brasileiro.
O meio-campista não foi brilhante nos últimos jogos, mas os lampejos que teve contra Kashima Antlers, Portuguesa e Atlético-PR foram suficientes para o treinador decidir colocá-lo como titular novamente. Sim, Ganso, o homem de R$ 24 milhões, sério candidato a ser o camisa 10 da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014, estava na reserva do penúltimo colocado do Brasileirão.
– Espero que seja a oportunidade para ele mostrar que tem evoluído. Está fazendo por merecer – disse o treinador após o tropeço diante do Furacão.
Os números explicam o que aconteceu até agora. Paulo Henrique não fez valer o apelido de “Maestro” que ganhou no começo da carreira. Desde janeiro, deu apenas quatro assistências para gol. O número é menos da metade do obtido por Osvaldo, com dez. Jadson, companheiro dele de criação, e Thiago Carleto estão logo abaixo, com sete.
Pode ser pior: em oito partidas no Brasileirão, Ganso não fez nenhuma assistência, colaborando também para o time aparecer entre os quatro piores. No entanto, ninguém se destaca nesse quesito. Luis Fabiano, Douglas, Carleto, Jadson, Aloísio, Osvaldo, Lúcio e Reinaldo têm uma.
Ganso vem sendo cobrado desde o começo da temporada por não ser participativo. Em resumo, por correr pouco, não brigar pela bola e quase nunca aparecer na área. Com Ney Franco, chegou a ser titular nos primeiros jogos da temporada, mas rapidamente caiu em desgraça por não conseguir se encaixar no estilo veloz da equipe. De quebra, entrou em atrito com o comandante depois de reclamar de uma substituição no clássico contra o Palmeiras, pelo Paulistão.
O início da passagem de Autuori foi semelhante. O armador era titular, mas os problemas defensivos do time fizeram o treinador abrir mão de um armador para reforçar a marcação. Agora, a volta dele está condicionada ao mau momento de Jadson. O meia não consegue repetir as boas atuações de antes da Copa das Confederações e pode ir para o banco contra o Flamengo.
Autuori sonha em escalá-los juntos, porém, abre mão da estratégia até que a defesa volte a se fortalecer. Pesará também o desempenho de Paulo Henrique nos próximos jogos, agora como o principal articulador do meio de campo.
Contratado para substituir Lucas no coração da torcida, Ganso carrega nas costas agora a obrigação de comandar a reação são-paulina no Brasileirão. Ou não terá vida longa no Morumbi.

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