Ceni volta a marcar e respira: 'Se perde de novo, os caras lhe matam'

Goleiro quebra sequência de quatro pênaltis perdidos e chega ao gol 113 na vitória do São Paulo sobre o Flamengo, nesta quarta-feira, em Itu Depois de perder quatro pênaltis consecutivos, Rogério Ceni finalmente voltou a marcar. O ídolo tricolor chegou ao 113º gol na carreira ao acertar o canto direito do goleiro Paulo Victor e abrir caminho para a vitória do São Paulo por 2 a 0 sobre o Flamengo, nesta quarta-feira, no estádio Novelli Júnior, em Itu, pelo Campeonato Brasileiro.

– Depois que perde quatro, se você perde de novo, os caras lhe matam. O Muricy determinou que eu batesse. O Aloísio não estava presente. Consegui fazer um gol que nos ajudou. Quem pega a bola e assume a responsabilidade está sempre entre uma linha estreita de sucesso e fracasso – afirmou.

Ceni vinha de uma sequência dolorosa de erros. Ele havia fracassado contra Bayern de Munique, na Alemanha, além de Portuguesa, no Canindé, Criciúma e Corinthians, ambos no Morumbi. Por conta disso, o técnico Muricy Ramalho optou por dar a missão a Aloísio. O Boi Bandido, ausente nesta quarta em virtude de uma mialgia na coxa esquerda, acertou dois diante do Internacional.

Ceni não fazia gol desde 14 de julho, na derrota para o Vitória por 3 a 2 no Barradão, na estreia do técnico Paulo Autuori.

Este foi o segundo gol marcado por Rogério Ceni no estádio Novelli Júnior. No dia 13 de fevereiro de 2010, ele fez de pênalti na vitória sobre o Ituano, pelo Paulistão. Também de pênalti, o capitão tricolor balançou a rede do Flamengo em 16 de abril de 2006, em triunfo com a vantagem mínima, no Morumbi, pelo Brasileirão.

Mais do que tirar a “zica”, Rogério Ceni celebrou o fato de ter acabado de vez com qualquer chance de o São Paulo ainda ser rebaixado pela primeira vez na história para a Série B. O Tricolor chegou aos 49 pontos e subiu para a sétima colocação do Campeonato Brasileiro, se fixando também como o melhor time paulista do torneio.

– Para mim, como goleiro, cada gol é histórico. Em um jogo que está 0 a 0, em um clássico do futebol brasileiro, em uma situação que agora estamos com 0% de chance de cair...Pelo compromisso que tenho com o São Paulo ao longo de todos esses anos é motivo para comemorar. Não é um título, mas, pela dificuldade, é o momento (de comemorar), sim – disse.