sábado, 20 de julho de 2013

Defesa afunda, e Lúcio entra na mira da diretoria do São Paulo


Lúcio São Paulo (Foto: Site Oficial / saopaulofc.net)
Contratado para ser um dos líderes do elenco, zagueiro vive má fase e tem postura questionada por dirigentes. Clube procura defensor.
Juvenal Juvêncio não mediu esforços para contratar Lúcio. Vencedor e com muita experiência internacional, o pentacampeão dividiria a liderança com Rogério Ceni para comandar o time no sonho do quarto título da Libertadores. Mas, na prática, não funcionou. Depois de atuações ruins e de uma postura diferente daquela esperada, o veterano não consegue acertar a defesa e ainda começa a desagradar aos dirigentes.
Titular em 30 das 43 partidas disputadas pelo Tricolor em 2013, Lúcio sempre esteve longe de satisfazer a expectativa. A começar pelos amistosos disputados na pré-temporada, nos quais cometeu erros considerados infantis. As falhas continuaram nos confrontos oficiais e colaboraram para o time naufragar tanto na Libertadores quanto no Campeonato Paulista.
Foi justamente no torneio internacional que o comportamento do defensor ganhou críticas. Ao ser substituído diante do Arsenal, na Argentina, Lúcio deixou o campo irritado com o técnico Ney Franco e seguiu diretamente para o ônibus, não participando da conversa com o treinador nos vestiários. Por conta disso, acabou perdendo o lugar no time, mas acabou retornando pouco tempo depois ao pedir desculpas.
A postura do jogador naquela ocasião foi o primeiro ato de reprova da cúpula do futebol. Os dirigentes entenderam que Lúcio piorou o ambiente, já ruim por conta dos meus resultados no torneio, e jogou o grupo de vez contra o treinador. Ganso e Fabrício também reclamaram de substituições no mesmo período.
O voto de confiança dado por Juvenal após a queda nas oitavas de final foi perdendo força nas últimas semanas. Os diretores tricolores se irritaram com as famosas arrancadas dadas por Lúcio da defesa em direção ao ataque. A estratégia, que deu certo resultado algumas vezes na seleção brasileira, ainda não foi nada produtiva no Tricolor.
Coincidência ou não, o sistema defensivo do São Paulo vem tendo um desempenho bastante ruim na temporada. Foram 52 gols sofridos em 43 partidas, média de 1,20 por confronto. Em apenas 13 duelos o time passou sem ser vazado: dois na Libertadores, nove no Paulistão e outros dois no Brasileirão.
– Enquanto não ganharmos estabilidade defensiva, fica difícil. Não conheço nenhuma equipe que possa atingir seus objetivos sem isso. Não adianta botarmos o time para frente – afirmou o técnico Paulo Autuori.
O novo comandante, aliás, é a esperança da direção de transformar o momento de Lúcio pelo Morumbi e salvar Juvenal e Adalberto de mais críticas. O jogador, dono de um dos salários mais altos do grupo (são pagos com a ajuda de um parceiro), tem contrato até o fim de 2014. No entanto, mais atuações ruins até dezembro podem abreviar a passagem dele pelo Tricolor.
Os são-paulinos, inclusive, estão de olho no mercado para encontrar novos zagueiros. As outras opções do grupo são Paulo Miranda, Edson Silva e Rafael Toloi.

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