O Tricolor, aliás, se apega ao histórico para sonhar derrotar o time sensação do torneio. Os mineiros não perdem no tradicional estádio de Belo Horizonte desde 12 de maio de 2010, quando foram batidos pelos paulistas por 2 a 0, pelas quartas de final da Taça Libertadores. Depois disso, foram 21 vitórias e apenas três empates. Os números são ainda melhores se contatos apenas os duelos após a reforma do estádio: 20 triunfos e uma igualdade.
A vitória cruzeirense por 3 a 0 no primeiro turno, no Morumbi, acabou com uma série de nove partidas sem derrotas dos são-paulinos. Nos últimos dez duelos entre os clubes, foram sete triunfos tricolores, um azul e dois empates.
O retrospecto, porém, foi ignorado em 2013. O Cruzeiro disparou no Brasileirão ao atingir a marca dos 59 pontos após golear o Náutico, em Recife, abrindo 11 para o Grêmio, segundo colocado. A 12 rodadas do fim, só uma tragédia impedirá a conquista do terceiro título nacional. Segundo os cálculos do matemático Oswald de Souza, o time tem 97% de chances de levar o troféu.
Somar pontos em Minas Gerais, mesmo que seja apenas um, já satisfaz o São Paulo. Ainda mais por estar desfalcado das estrelas Rogério Ceni e Luis Fabiano. O Tricolor derrotou o Vitória nos minutos finais no último sábado e, com o empate do Vasco contra o Flamengo, deixou o grupo dos quatro últimos. A distância continua ameaçadora. A equipe dirigida por Muricy Ramalho está em 16º lugar, com 30 pontos, um a mais que os cariocas.
Cruzeiro: Marcelo Oliveira conta com a volta de Egídio. Para enfrentar o tricolor paulista o Cruzeiro entra em campo com Fábio; Ceará, Léo, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Lucas Silva, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; Willian e Borges.
São Paulo: Muricy Ramalho não revelou a formação, mas foi obrigado a fazer mudanças. O goleiro Denis, o volante Fabrício e o atacante Aloísio devem ser as novidades da equipe. Por conta dos desfalques, o treinador deve também trocar o esquema tático, deixando o 3-5-2 e voltando ao 4-4-2, com a marcação reforçada no meio de campo. O provável time é o seguinte: Denis, Douglas, Paulo Miranda, Rodrigo Caio e Reinaldo; Wellington, Fabrício, Maicon e Ganso; Ademilson e Aloísio.
Cruzeiro: O zagueiro Dedé (seleção brasileira), Martinuccio e Júlio Baptista (machucados).
São Paulo: o goleiro Rogério Ceni (suspenso pelo terceiro cartão amarelo)., os zagueiros Antônio Carlos, Rafael Toloi, o volante Denilson e o atacante Luis Fabiano (lesionados) e Lucas Silva (convocado pela seleção sub-17).
Cruzeiro: Everton Ribeiro, Leandro Guerreiro, Mayke, Souza, Tinga e Vinicius Araújo.
São Paulo: Douglas, Lucas Evangelista, Luis Fabiano, PH Ganso, Paulo Miranda, Reinaldo, Rodrigo Caio e Wellington.
Jailson Macedo Freitas (BA) apita o jogo, auxiliado por Ivan Carlos Bohn e Rafael Trombeta. O árbitro trabalhou em nove partidas deste Brasileiro, sendo uma delas do Cruzeiro, a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians. Ele tem média de 3,7 cartões amarelos e já mostrou o cartão vermelho quatro vezes. Jailson ainda marcou dois pênaltis e tem média de 33,3 faltas assinaladas por confronto. O campeonato tem média de 4,4 cartões amarelos e 0,3 cartões vermelhos. São 34,7 faltas em média por partida e 58 pênaltis no total.
Cruzeiro: é a terceira que mais rouba (374 vezes). E com muita técnica. É a quarta menos punida com cartões (47 amarelos e três vermelhos) e a sétima que menos faltas cometeu (456). O Cruzeiro é o que mais concluiu (403) e também o que tem o melhor aproveitamento: 14,4% das finalizações entraram no gol. Por isso, o ataque mais eficaz, com 58 gols.
São Paulo: para ser a quarta equipe que mais rouba a bola, o São Paulo se tornou a terceira mais punida com cartões na competição (58 amarelos e oito vermelhos), a sexta que mais faltas cometeu (428). Quando ataca, é a sexta equipe que mais conclui em gol (322), só que apenas 7,1% entraram no gol, o segundo pior desempenho do Brasileirão, melhor apenas que o do Náutico (5,4%). Para se ter uma ideia do peso disso, o Tricolor tem o sexto menor índice de finalizações sofridas que entraram em seu gol (9,2%) e o Cruzeiro o segundo menor (7,2% das conclusões dos adversários balançaram a rede cruzeirense). Na história do Brasileirão, com mando dos mineiros foram 13 vitórias do São Paulo e cinco do Cruzeiro.
Com Emerson Leão no comando, o Cruzeiro recebeu o São Paulo, então dirigido por Cuca, no Mineirão no dia 23 de maio de 2004, em partida válida pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. A vitória da Raposa, por 2 a 1, foi construída ainda na primeira etapa, com gols de Jardel e Dudu. Na segunda etapa, Gabriel descontou para os tricolores.
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