quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ordem da direção faz Muricy mudar planos e levar Sul-Americana a sério

Muricy Ramalho coletiva São Paulo Chile (Foto: Carlos Augusto Ferrari)

Técnico queria dar prioridade ao Brasileirão, mas diretoria aposta em bicampeonato internacional para voltar à Libertadores e fechar em alta o ciclo de Juvenal.
Muricy Ramalho nunca escondeu que o foco do São Paulo no segundo semestre tinha de ser apenas a fuga do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. No entanto, o sonho do presidente Juvenal Juvêncio de encerrar seu ciclo no clube com um título e a chance de voltar à Libertadores, falou mais alto. Mesmo ainda correndo riscos no torneio nacional, o Tricolor jogará com sua equipe considerada principal contra o Universidad Católica, nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), em Santiago, pela Copa Sul-Americana.
- Não podemos deixar de lado o pensamento do clube. Não gosto que se metam no meu trabalho, principalmente com os jogadores, mas respeito muito a estratégia do clube. Eles (dirigentes) estão dando muita importância para a Sul-Americana. Vamos pôr em campo o que temos de melhor, desde que os jogadores estejam prontos – afirmou o comandante.
Há duas semanas, Muricy disse que conversaria com os dirigentes para saber qual a postura a ser tomada. O técnico gostaria de preservar os principais atletas para as últimas rodadas do Brasileirão, mas foi voto vencido. Juvenal e a cúpula do futebol querem o bicampeonato do torneio. É a última chance de o clube se classificar para a Taça Libertadores do próximo ano, torneio que pode ficar sem nenhum time paulista.
Pesa também o lado político. Questionado pelo ano de fracassos, o presidente sonha em deixar o cargo, em abril de 2014, com um título de certa expressão para apagar os erros da atual temporada. Além disso, ser o único clube do estado na Libertadores se tornaria uma arma pesada para defender a reta final de sua gestão e levar Carlos Miguel Aidar, candidato da situação, à vitória.

Dos jogadores considerados titulares, apenas o lateral-esquerdo Reinaldo não viajou para o Chile em virtude de dores musculares. O Tricolor precisa de força para avançar. O empate por 1 a 1, no Morumbi, o obriga a vencer ou empatar a partir de dois gols. O vencedor pega Nacional de Medellín, da Colômbia, ou Bahia nas quartas.
Muricy, porém, ainda está preocupado com o Brasileirão. A reação nas últimas rodadas (quatro vitórias e um empate) fez o time pular para a décima colocação, com 40 pontos, sete acima da zona do rebaixamento. Mesmo assim, o treinador acredita que o time ainda não se salvou definitivamente. No domingo, o Tricolor pega o Internacional, em Caxias do Sul.
- Claro que a Sul-Americana é importante, a diretoria me mostrou isso. Mas nosso grande objetivo é o Brasileiro, não podemos tirar o foco. A situação estava muito ruim e soubemos sair dela com muito trabalho. Respiramos um pouco.

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