sábado, 17 de maio de 2014

Aidar corta regalias e veta conselheiros em viagens do Tricolor


Carlos Miguel Aidar, novo presidente do São Paulo (Foto: Carlos Augusto Ferrari)
Presença de convidados na delegação raramente acontecerá. Apenas diretor executivo de futebol seguirá com elenco para os Estados Unidos no mês que vem Durante anos, Juvenal Juvêncio usou as viagens do time profissional do São Paulo como estratégia política para transformar conselheiros em aliados. Mas a “festa” acabou. Apesar de fazer parte do mesmo grupo político do antigo mandatário, o presidente Carlos Miguel Aidar ordenou que apenas membros da diretoria estão autorizados a seguir com a delegação do Tricolor para os jogos.
A medida vem sendo tomada desde que ele venceu a eleição, em 17 de abril. Nas partidas contra CRB, em Maceió, pela Copa do Brasil, e Cruzeiro, em Uberlândia, pelo Campeonato Brasileiro, apenas Aidar, o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro e o gerente executivo Gustavo Vieira de Oliveira embarcaram com o time.

Isso acontecerá também na excursão que o São Paulo fará pelos Estados Unidos no próximo mês. O período de 12 dias na América do Norte atiçou muitos membros do Conselho, mas a inclusão deles na viagem já foi descartada pela cúpula diretiva. Apenas Gustavo Vieira de Oliveira seguirá com a delegação para tratar de assuntos administrativos.
Até mesmo João Paulo de Jesus Lopes, responsável por iniciar as conversas com os americanos no mês passado, ficará no Brasil. Ele comandou o departamento de futebol com Juvenal e agora exerce a função de vice-presidente administrativo.
- Nem eu, nem Ataíde e nenhum diretor vai – afirmou Aidar.

A mudança fará o São Paulo economizar. Por terem sido eleitos, os conselheiros viajavam com todos os custos pagos pelo clube, incluindo a hospedagem no mesmo hotel do elenco, costumeiramente cinco estrelas. Além disso, com um número elevado de pessoas, o Tricolor precisava alugar mais carros para fazer o transporte entre aeroporto, estádio e passeios particulares.
O técnico Muricy Ramalho também não aprovava a presença de “pessoas estranhas” na delegação. O treinador sempre deixou claro que preferia que os atletas tivessem tranquilidade para descansar. No entanto, eles eram constantemente assediados por conselheiros e familiares deles em busca de fotos ou autógrafos.



Na gestão Juvenal a presença de conselheiros e outros convidados era muito frequente, sobretudo em partidas no exterior ou decisivas. Tanto que, no fim de 2013, durante o início do processo eleitoral, a oposição acusou o dirigente de levar 70 integrantes do Conselho para Medellín, onde o time enfrentou o Atlético Nacional, pela Sul-Americana. O número foi negado.

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